O cenário de depressão no Brasil tem acumulado estudos que demonstram a latente seriedade da situação. Segundo Pesquisa Vigitel 2021, divulgada pelo Ministério da Saúde, 11,3% dos brasileiros estão deprimidos, sendo que esse número é superior a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o país (5,3%). Cerca de 40% dos pacientes no país têm depressão resistente ao tratamento (DRT), quando há falha de dois tratamentos anteriores administrados em quantidade e tempo corretos, segundo dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado na América Latina com quase 1.500 pacientes. Além disso, todos os anos, mais de 11 mil pessoas tiram sua própria vida no Brasil e sabe-se que cerca de 97% dos suicídios têm ligação com transtornos mentais, especialmente a depressão. Estes são apenas alguns números que dimensionam a proporção do desafio.
O tratamento padrão para a depressão consiste na utilização de antidepressivos orais diários que têm atuação nos sistemas chamados de monoaminérgicos (vias da serotonina, dopamina e norepinefrina), além da associação com psicoterapia e mudanças no estilo de vida. Porém, a necessidade de uma evolução nas opções de medicamentos era latente, como traduzida pelos grandes números de pacientes que não consegue obter a melhora clínica desejada com os esquemas de tratamento até então disponíveis.
Para colaborar com a mudança desse cenário e endereçar algumas das necessidades não atendidas desses transtornos, recentemente foi apresentado ao mercado brasileiro o SPRAVATO® (cloridrato de escetamina intranasal) para o tratamento de sintomas depressivos em pacientes adultos com DRT e Transtorno Depressivo Maior (TDM) com comportamento ou ideação suicida aguda. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o medicamento é um spray nasal e deve ser usado em combinação com um antidepressivo oral, sempre com acompanhamento de profissional da saúde durante a aplicação.
“A depressão é uma das doenças mais incapacitantes do mundo e estudos têm demonstrado ainda que, quanto mais tempo de sintomas o paciente tem, menores são as chances de
responder ao tratamento padrão. Com a chegada desse novo medicamento, pacientes que tinham pouca qualidade de vida por não responder ao tratamento existente passam a contar com uma nova alternativa que poderá mudar a realidade deles”, afirma o Dr. Humberto Corrêa, médico psiquiatra e professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Desenvolvido pela Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, o spray nasal de escetamina é o primeiro de sua classe de medicamentos antidepressivos aprovado pela Anvisa e surge como uma das principais inovações para o tratamento da doença em décadas,. A escetamina intranasal age nos receptores de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA), ajudam a restaurar as conexões sinápticas em células cerebrais de pessoas com depressão. Devido ao novo mecanismo de ação, o SPRAVATO® funciona de maneira diferente das terapias atualmente disponíveis para o TDM.
O medicamento demonstra rápido início de ação com perfil risco-benefício favorável e tolerabilidade do paciente ao tratamento,,,. Os resultados de dois ensaios clínicos idênticos de Fase 3 demonstraram que a escetamina em conjunto com a terapia padrão reduziu os sintomas depressivos em até 24 horas após a primeira dose. Para assegurar seu uso correto, a escetamina intranasal será administrada exclusivamente em hospitais e clínicas autorizadas, sempre sob supervisão de um profissional de saúde. “A rápida redução dos sintomas poderá ser um grande aliado no tratamento de pacientes com Transtorno Depressivo Maior com ideação suicida, onde cada minuto é de extrema importância, mas também para os pacientes de DRT que, em sua maioria, assistem os quadros depressivos se arrastarem por longos períodos sem encontrar caminhos para melhora clínica”, complementa o Dr. Humberto.
Sobre SPRAVATO® (escetamina)
A aprovação do SPRAVATO® para tratar depressão resistente foi baseada em um robusto programa de ensaios clínicos que envolveu mais de 1.700 adultos com DRT sendo: três estudos de curto prazo; um estudo de manutenção de efeitos e outro que avaliou segurança a longo prazo. Os resultados de curto prazo de quatro semanas, publicados no The American Journal of Psychiatry, com a escetamina intranasal associada a um antidepressivo oral, mostraram que os pacientes tiveram melhoras superiores nos sintomas da depressão quando comparados àqueles que utilizaram o antidepressivo oral e placebo.
Os resultados do estudo de longo prazo, publicados na JAMA Psychiatry, mostraram que os pacientes que alcançaram um nível de melhora de grande parte dos sintomas incômodos tiveram uma redução de 51% na chance de recaída se continuassem utilizando o tratamento com escetamina intranasal, uma vez a cada duas semanas, em comparação com aqueles pacientes que deixaram de fazer o tratamento continuado com o spray intranasal.
Já a aprovação para a rápida redução dos sintomas depressivos em pacientes adultos com Transtorno Depressivo Maior com comportamento ou ideação suicida aguda foi baseada nos resultados de dois ensaios clínicos de Fase 3 que envolveram mais de 450 pacientes com transtorno depressivo maior com comportamento ou ideação suicida, incluindo pacientes brasileiros. As análises avaliaram o uso combinado do spray nasal de escetamina com o tratamento padrão, que incluiu hospitalização voluntária por tempo determinado e terapia antidepressiva recentemente iniciada e/ou otimizada.
Nos ensaios clínicos, os efeitos colaterais mais comuns incluíram dissociação, tontura, náusea, sedação, sensação de rotação, sensação reduzida de tato, ansiedade, falta de energia, aumento da pressão arterial e vômitos .
Sobre a Janssen
Na Janssen, estamos criando um futuro no qual as doenças são parte do passado. Somos a empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, trabalhando incansavelmente para fazer com que esse futuro seja uma realidade para pacientes de todos os lugares. Combatendo as doenças com ciência, melhorando o acesso com engenhosidade e curando a falta de esperança com paixão. Focamos nas áreas da medicina em que podemos fazer a maior diferença: Oncologia e Hematologia; Imunologia; Neurociência; Doenças Infecciosas e Vacinas; Hipertensão Pulmonar; Cardiovascular e Metabolismo. Para saber mais, acesse www.janssen.com/brasil. Siga a Janssen Brasil no Facebook e no LinkedIn, e também a página de Carreiras J&J Brasil no Instagram, Facebook e LinkedIn.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Janssen