O remédio que doma a pressão dos hipertensos não é o mesmo que baixa a glicemia de quem tem diabetes, tampouco serve para proteger os ossos de pessoas com osteoporose.
Isso mostra que não existe uma única estratégia capaz de contra-atacar todas as enfermidades ao mesmo tempo. E é mais ou menos esse conceito que você precisa ter em mente quando falamos do efeito de cada um dos exercícios de musculação em pessoas com problemas diferentes.
Com liberação médica e orientação de um profissional de educação física, qualquer exercício pode ajudar você a combater uma doença. Porém, algumas modalidades trazem benefícios específicos que podem auxiliar ainda mais a tratar ou aliviar sintomas de certos problemas de saúde.
De acordo com o personal trainer Samuel Cirício, o praticante de exercícios físicos deve observar quais atividades não causarão um efeito indesejado, e quais podem trazer melhorias para o seu estado de saúde.
Ele falou um pouco sobre alguns exercícios e como praticá-los em caso de doenças.
Hipertensão – “Com o hipertenso não existe uma contraindicação de exercícios, podemos trabalhar com séries menores, é importante não ultrapassar os limites, pois um esforço muito grande pode causar uma pressão muito grande na cabeça”, explicou.
Diabetes – “A diabetes é um problema grave, e para passar algum exercício para o diabético é importante observar o grau da doença, como estão os músculos, pois tem pessoas que são mais afetadas nas pernas e outras nos braços. Então é importante trabalhar o fortalecimento dos músculos para levar uma melhor qualidade de vida e não tenha mais perdas”, pontuou.
Medir a glicemia antes, durante e depois
Quando as taxas estão estratosféricas ou mínimas, é bom pular a sessão. E, se caírem depressa durante ou após a ralação, recorra a isotônico, suco de laranja ou até sachês de glicose.
Entrosar o exercício com o tratamento
A regra vale sobretudo para os sujeitos que aplicam insulina. Em geral, os médicos diminuem a dose a ser injetada nos dias em que o diabético vai se mexer. Isso para afastar a hipoglicemia.
Artrose – “É um desgaste dos ossos, que acomete mais os idosos, mas jovens também podem ter essa doença nas partes articulares. Nesses casos indicamos exercícios unilaterais, onde a pessoa sinta o que está sendo trabalhado e não venha a piorar a artrose. É importante trabalhar o equilíbrio e a coordenação motora do aluno”, contou.
Asma – “São indicados exercícios aeróbicos e natação, pois eles ajudam bastante na respiração, e o asmático precisa aprender a ter esse controle e os exercícios ajudam bastante”, explicou.
Depressão – “O que conta muito nesses casos é o bem–estar, então a pessoa depressiva pode fazer qualquer exercício, pois eles ajudam a melhorar a autoestima e consequentemente melhora o estado psicológico do aluno”, acrescentou.