Doença autoimune pode ser resultado de fatores genéticos, hormonais e ambientais. Diagnóstico é feito por meio de exames físicos e laboratoriais.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune caracterizada pela produção de autoanticorpos e inflamação em diversos órgãos e dano tecidual.
A causa do problema ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais podem resultar no desencadeamento da doença. As características clínicas variam de um indivíduo para outro, e a evolução costuma ser crônica, com períodos mais acentuados e outros de remissão.
De acordo com a Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade – CGMAC/DAET/SAS, do Ministério da Saúde, para o diagnóstico de LES é fundamental a realização de anamnese, entrevista realizada por um profissional de saúde com o paciente, exame físico completo e alguns exames laboratoriais que podem auxiliar na detecção de alterações clínicas da doença.
Lísia Souza, de 62 anos, foi diagnosticada com LES em 2008, no Rio de Janeiro, após iniciar tratamento para osteoporose e artrite. Este ano mudou-se para Minas Gerais em busca de um clima ameno para diminuir as reações da doença durante os períodos e calor e sol intenso. “Quando eu acordo, minhas mãos estão endurecidas e doem muito. Estou com complicações na tiroide, no fígado e na retina. Apareceram algumas manchas na pele também. Em abril deste ano, me mudei para Minas Gerais para ajudar a evitar as crises”, conta.
Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente. Eles também podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes e variam de acordo com as partes do seu corpo que forem afetadas pela doença. Entre os sinais estão dor nas articulações, rigidez muscular, inchaços, sensibilidade à luz do sol, irritação cutânea (vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz), que afeta cerca de metade das pessoas com lúpus. A irritação cutânea piora com a luz do sol e também pode ser generalizado.
Também estão entre os sintomas fadiga, febre, dificuldade para respirar, dor no peito ao inspirar profundamente, dor de cabeça, confusão mental e perda de memória, linfonodos aumentados, queda de cabelo, feridas na boca, desconforto geral, ansiedade e mal-estar.
Igor Monteiro, 28, foi diagnosticado com lúpus aos 17 anos e faz acompanhamento contínuo, mesmo não apresentando manifestações da doença. “O Lupus nunca mais se manifestou depois do diagnóstico. Eu faço exames regularmente e tomo alguns cuidados. Passei muito tempo indo pra praia só de camisa, por exemplo”, explica Igor, que pretende publicar um livro para contar a história de seu diagnóstico na adolescência.
A CGMAC explica que o tratamento do LES depende da manifestação apresentada por cada um dos pacientes, portanto, deve ser individualizado. Seu objetivo é o controle da atividade da doença, a minimização dos efeitos colaterais dos medicamentos e uma boa qualidade de vida aos seus portadores. O paciente é atendido nas Unidades Básicas de Saúde e, quando necessário, encaminhado ao médico especialista.
O tratamento é individualizado, dependendo das manifestações da doença, e pode ser medicamentoso ou não-medicamentoso, como proteção contra a radiação solar, não fumar e atividades físicas. A CGMAC ressalta, ainda, que o Lúpus Eritematoso Sistêmico possui Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, que pode ser acessado
aqui.
Fonte: Blog da Saúde
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