A primeira tecnologia analisada e aprovada de forma preliminar, foi a proposta de inclusão no rol do Tezepelumabe, indicado para o tratamento de asma alérgica grave. Foi analisada a proposta de inclusão no rol da agência do Tezepelumabe, medicamento utilizado para tratar a asma alérgica grave. Essa tecnologia é a primeira e única imunobiológica a mirar a linfopoietina estromal tímica (TSLP), proteína no topo da cascata inflamatória, reduzindo múltiplos fatores inflamatórios das vias aéreas e a hiperresponsividade brônquica. É recomendada como terapia adicional ao tratamento de manutenção para pacientes com asma grave a partir dos 12 anos de idade.
Gustavo Falbo Wandaslen, alergista, destacou que a asma afeta 300 milhões de pessoas no mundo, e no Brasil cerca de 20 milhões sofrem dela, sendo a quarta causa de internações, conforme dados do DATASUS. Ele ressaltou o impacto clínico da asma grave no país, observando que 90,5% dos pacientes com asma grave foram hospitalizados pelo menos uma vez devido a exacerbações da doença; 63% relatam mais de cinco hospitalizações; 34% foram hospitalizados pelo menos uma vez no ano anterior; 50% precisaram de internação na UTI devido a exacerbações e 38% necessitaram de intubação. Portanto, enfatizou a importância de novos medicamentos para o tratamento da doença, que engloba diversos mecanismos concomitantes de inflamação em cerca de 50% dos pacientes.
Em seguida, Caique Lopes Dias, gerente estratégico de valor da AstraZeneca, salientou que, de acordo com evidências clínicas, o medicamento demonstra eficácia semelhante a outros imunobiológicos já incorporados, apresentando resultados numericamente e estatisticamente superiores em alguns subgrupos. Em relação à análise de impacto orçamentário, estima-se que o impacto da tecnologia como terapia adicional ao tratamento de manutenção para pacientes com asma alérgica grave com 12 anos ou mais, comparado ao dupilumabe e ao omalizumabe em 5 anos, seja significativo sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar. Salientou que a rápida incorporação da tecnologia traz maior economia para o sistema de saúde, totalizando R$ 35 milhões considerando o desperdício e R$ 32 milhões sem o desperdício.
Após a apresentação da tecnologia, foram favoráveis à incorporação: AMB, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, CFO, Abrasta, Cofen, MTE, CNS, Afag, Associação Brasileira de Asmáticos.
Foram desfavoráveis à incorporação: Abramge, Unidas, FenaSaúde, CMB, Sinog, CFF, Unimed do Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa