“Depois de ter passado o dia com fortes dores na coxa, acordei, na manhã seguinte, sem conseguir andar. Fui ao médico e descobri que era trombose”, explica paciente
Repentina e grave, a Trombose Venosa Profunda, mais popularmente conhecida como trombose, é uma doença causada pela formação de coágulo sanguíneo em uma veia (geralmente das pernas) e acomete mais frequentemente pessoas portadoras de certas condições predisponentes, como o uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, presença de varizes, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade ou a história prévia de trombose venosa.
“Além destes fatores, outras situações são importantes no desencadeamento da trombose: cirurgias de médio e grande porte, infecções graves, traumatismo, a fase final da gestação e o puerpério e qualquer outra situação que obrigue a uma imobilização prolongada, como o caso de paralisias, infarto agudo do miocárdio, internações hospitalares, viagens aéreas longas etc.”, explica o Dr. José Luiz Cataldo, Especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Angiologista Efetivo da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. “Entre as condições predisponentes é importante citar ainda a idade avançada e os pacientes com anormalidade genética do sistema de coagulação”, complementa o especialista.
Diagnóstico
E foi, muito provavelmente, a união de dois fatores que desencadearam a trombose na estudante de letras Camila Sá, 23 anos. Além de fazer uso de anticoncepcionais para tratamento de acne, a jovem também possui casos da patologia na família. O primeiro sintoma que Camila sentiu foi uma forte dor na coxa, que perdurou por todo o dia. “No dia seguinte, por volta das 6h, acordei com muita dor; minha panturrilha estava ‘dura’ e eu não conseguia andar”, ela conta. A jovem buscou atendimento hospitalar e, após ter passado por um ortopedista e um cirurgião vascular, recebeu o diagnóstico de trombose.
Conforme elucida o Dr. Cataldo, além das dores e da rigidez na musculatura que Camila sofreu, outro sintoma comum é o inchaço. Ele ainda comenta que, se não diagnosticada com urgência, a trombose pode acarretar prejuízos muito graves à saúde. As veias acometidas sofrem uma lesão da parede e das válvulas, o que leva a um funcionamento inadequado dessas estruturas venosas, déficit do retorno do sangue, refluxo, aumento da pressão venosa, varizes secundárias a trombose, transformação da pele para a fibrose e outras sequelas.
“É importante mencionar que a trombose venosa, na fase aguda, pode levar a uma embolia pulmonar. Isso é causado pelo deslocamento do trombo, que é levado pela corrente sanguínea até a circulação pulmonar, obstruindo, assim, os vasos sanguíneos desse importante órgão. Isso é uma situação gravíssima e que põe o paciente em risco de morte”, complementa o angiologista.
Formas de tratar a trombose
O tratamento pode ser realizado de forma ambulatorial ou em regime de internação hospitalar – o que depende da extensão da trombose pelo sistema venoso profundo; de quais veias foram acometidas e do nível de risco de embolia pulmonar e doenças associadas. De acordo com o angiologista e especialista em cirurgia vascular Dr. Cataldo, numa segunda fase do tratamento são indicados os anticoagulantes e o uso de meias de compressão de 20 a 30 mmHg, da linha Medical da SIGVARIS, que oferece diversos tamanhos, cores e grande variedade de modelos (Select Comfort Premium, Casual, Algodão Super, Cotton Comfort, Ever Sheer, Basic), que atendem as necessidades desses pacientes.
Depois de ter passado sete dias internada, recebendo diversos medicamentos, Camila começou a fazer uso preventivo de anticoagulantes e de meias de compressão, mesmo após ter recebido alta no tratamento.
Para prevenir a trombose, recomendam-se visitas regulares ao médico, a prática de exercícios físicos, evitar o fumo, o estresse e a ingestão de alimentos com gordura animal e, como fator preventivo, o uso de meias de compressão de 15 – 20 mmHg.
Fonte: Maxpress