Rita Ribeiro tornou pública a batalha que enfrenta há dois anos, desde que lhe foi diagnosticada fibromialgia. A atriz tomou esta opção “para ser um voto de esperança para as pessoas” que padecem desta patologia.
Foi a primeira vez que Rita Ribeiro, de 62 anos, falou sobre o assunto. Fê-lo, esta quinta-feira, no programa “Você na TV” (TVI), onde em conversa com Cristina Ferreira revelou que descobriu que sofria desta doença incapacitante “há dois anos, quando estava a fazer os ensaios da [peça de teatro] ‘República das Bananas'”.
“Sentia muitas dores no corpo”, relembrou a atriz, que associa o diagnóstico desta doença a um período da sua vida que “não correu lá muito bem”, de “stresse emocional muito grande”. “Fui cuidadora da minha mãe durante uns anos… Hoje em dia ela já está numa residência e, portanto, deixou-me um bocadinho liberta. Não soube muito bem lidar com essa fase.”
Depois de “ter batido a várias portas”, foi um reumatologista que a diagnosticou. “Telefonei logo para a minha psicoterapeuta e disse-lhe: ‘O que é que se passa? Isto não é meu'”, contou Rita, que considera que “ter sido diagnosticado com fibromialgia foi uma bênção”. “Não me levem a mal dizer isto. Fez com que eu me cuidasse muito mais”, diz ainda, garantindo que a fibromialgia “não é incapacitante desde que uma pessoa se trate e se cuide”.
E foi isso que a atriz, que integrou recentemente o elenco da novela “A Herdeira”, da TVI, fez. “Faço caminhadas diárias, de quatro ou cinco quilômetros. Mudei a minha alimentação toda. Tomo uma suplementação bastante grande. Faço acupuntura, que já fazia há muitos anos. Faço ginástica e ioga”, enumerou, destacando que não está a ser medicada. “Zero químicos. Não tomo nada, nada, nada.”
A fibromialgia é uma doença crônica invisível, sem tratamento específico e capaz de provocar dores intensas. Em dezembro de 2016, quando passou a ser oficialmente considerada como uma patologia, as estimativas apontavam para que a fibromialgia pudesse atingir cerca de 2% da população adulta portuguesa. As mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens por esta doença que se inicia, em regra, entre os 20 e os 50 anos.