O Ministério da Saúde divulgou que 22 novos medicamentos foram incorporados na rede pública do país. Entre eles estão: nove medicamentos para doenças raras, cinco para doenças infecciosas, dois para oncologia, um para doença crônica e quatro para outras doenças. Com isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a incluir novos produtos para diabetes, tuberculose, HIV, esclerose múltipla, fibrose cística, hemofilia, mieloma, além da vacina contra a dengue. De acordo com O Globo, estima-se que somente os dois medicamentos contra o câncer devem beneficiar cerca de 8 mil pacientes nos próximos anos. A pasta também afirmou que está pronta para incorporar novos tratamentos para pacientes com neuroblastoma e que inclusive já se reuniu com o laboratório fabricante para demonstrar a possibilidade de análise, entretanto, nenhuma empresa solicitou a incorporação de novos medicamentos. Veja como funciona a entrada desses fármacos na rede pública, clique aqui.
TRATAMENTO
Ministério da Saúde distribui novo medicamento para pacientes com HIV
O Ministério da Saúde informou ter concluído a distribuição de 5,6 milhões de comprimidos de um novo medicamento para o tratamento de pacientes com aids ou HIV. O remédio foi repassado a estados e ao Distrito Federal, destacou o Valor Econômico. O medicamento une em um único comprimido dois antirretrovirais: dolutegravir e lamivudina. “Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária”, diz nota publicada pela pasta. De acordo com o ministério, a terapia de dois comprimidos para um será feita de forma gradual e contínua para pacientes com idade igual ou acima de 50 anos, adesão regular, carga viral menor que 50 cópias/ml no último exame e que iniciou a terapia dupla (dois comprimidos) até o dia 30 de novembro de 2023. “Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede”, informa. Entre 2017 e 2021, a doença provocou a morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil.
SAÚDE PÚBLICA
Qdenga é eficaz contra tipo 2 da dengue, mas faltam dados para uso no público geral, dizem especialistas
A incorporação no SUS da vacina contra dengue da farmacêutica Takeda, a Qdenga, foi recebida com grande entusiasmo por parte da população e autoridades de saúde, informou a Folha de S.Paulo. Com recorde de casos em 2023 e tendência de aumento neste ano, a doença continua sendo um problema de saúde pública importante. Segundo o Ministério da Saúde, é esperado aumento de casos na maior parte do Brasil, principalmente no Sul (especialmente no Paraná), Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo) e Centro-Oeste. O Nordeste deverá ficar abaixo do limite epidêmico. Em 2023, foram registrados 1.641.278 casos de dengue em 5.039 municípios. A taxa de incidência de dengue no país é de 808,26 por 100 mil habitantes. A doença matou 1.079 pessoas, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Outros 211 óbitos estão em investigação. Assim, uma vacina que possa reduzir principalmente casos graves e internações traz esperança. No entanto, alguns virologistas demonstram preocupação com a vacinação em massa na cidade de Dourados (MS) devido à falta de dados da eficácia do imunizante em proteger contra os sorotipos 3 e 4 do vírus —a vacina apresentou uma eficácia boa contra o 1 (69%) e elevada para o 2 (95%), mas não apresentou proteção para os demais sorotipos.
MEDICINA
Terapias regenerativas prometem revolucionar os cuidados com a pele; entenda como funcionam
Conforme envelhecemos, nossas células sofrem alterações que prejudicam o seu funcionamento correto. Essas estruturas também podem ser danificadas por acidentes, o que exige bastante empenho na recuperação do indivíduo. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, a boa notícia é que já existem alternativas para ajudar na plena recuperação desses tecidos – elas são a base da chamada medicina regenerativa. Essa área chamou muito a atenção na época em que o jogador Neymar sofreu uma lesão no pé direito. É que o problema foi tratado com a ajuda de elementos presentes no sangue do próprio atleta – prática baseada justamente na medicina regenerativa. A ideia era acelerar a cicatrização e a calcificação do osso. Embora esse ramo da medicina seja relativamente novo, seus preceitos já estão sendo aplicados em muitas outras áreas, como oftalmologia, cardiologia, ginecologia, reprodução humana, urologia e até na dermatologia. As terapias regenerativas vêm ganhando cada vez mais espaço nessa área. Para acessar a matéria completa, clique aqui.