O colesterol é um tipo de gordura fabricada pelo fígado e que tem papel importante no funcionamento geral do organismo. A substância está presente na parede das células, nos hormônios e nos ácidos biliares – aqueles que ajudam na digestão dos alimentos. Parece bom e simples, não é mesmo? Mas quando o resultado do exame de sangue chega, começa a confusão: afinal, qual a diferença entre colesterol bom, ruim e total? O que significam as siglas LDL e HDL? E para que servem os triglicerídeos? Para responder essas dúvidas, o endocrinologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Caoê Linsingen (CRM-PR 24.267, RQE 17.646), preparou um pequeno guia:
O que é o perfil lipídico ou lipidograma?
“É a dosagem da soma de todo o colesterol e as suas frações, que se diferem por apresentar diferentes densidades no sangue”, explica o médico. Ou seja, é o exame que mede o colesterol total do paciente, formado pela parcela boa e pela parcela ruim de gordura presentes no sangue. “É preciso verificar as frações de forma separada. O valor do colesterol total, por exemplo, pode estar dentro do recomendado, mas ser composto, principalmente, pela parcela ‘ruim’, ou o paciente pode ter um colesterol total elevado, porém com uma parcela ‘boa’ invejável”, completa Dr. Caoê.
O que é o colesterol LDL?
Em inglês, significa Low Density Lipoprotein – que traduzido para o português quer dizer Lipoproteína de Baixa Densidade. O LDL é bastante conhecido como “colesterol ruim” porque é a parcela que se acumula nas artérias e pode dificultar, ou até mesmo interromper completamente, a passagem do sangue. “Precisamos dele, mas na quantidade correta. Em excesso, ele participa da formação de placas que levam a aterosclerose e pode causar o temido infarto do coração ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, indica o médico. Os índices ideais variam de acordo com o perfil do paciente.
O que é o colesterol HDL?
É a High Density Lipoprotein – que em tradução livre quer dizer Lipoproteína de Alta Densidade. O HDL é comumente chamado de “colesterol bom” e é responsável por atuar na reciclagem da outra parcela do colesterol, chamada de “ruim”. Segundo Dr. Caoê, não há problema em ter o HDL elevado. “O que precisa ser realmente controlado é o não-HDL, ou seja, a soma de todas as parcelas ‘ruins’”, completa.
E o que são os triglicerídeos?
Segundo o endocrinologista, é “um tipo de gordura usada como reserva de energia. E é a fração do colesterol que tem maior resposta à dieta e atividade física”. Assim como o LDL, os triglicerídeos contribuem para a formação de obstruções nas artérias e também podem gerar inflamação do pâncreas e o acúmulo de gordura no fígado. Ou seja, manter os índices de triglicerídeos sob controle é muito importante para a saúde do paciente e para a estabilidade do colesterol total.
Quem corre mais riscos?
Sedentários e com dietas ricas em alimentos ultraprocessados, frituras, embutidos, carne vermelha, bacon e laticínios têm mais chances de apresentar índices elevados de colesterol. “Pacientes com comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo favorecem a aterosclerose”, explica o endocrinologista. Mas existem pacientes que, mesmo com comportamento e dieta saudáveis, acabam apresentando índices elevados.
“Cerca de 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio fígado, somente cerca de 30% vêm da alimentação. Depois de passar pelo sangue, o colesterol é reciclado pelo fígado para formar a bile, mas essa capacidade de eliminação varia de pessoa para pessoa. A genética influencia muito, então podem existir casos de pacientes atletas com dieta super regrada e, mesmo assim, com colesterol LDL elevado” completa o médico.
Quando as mudanças comportamentais não são suficientes para atingir os valores ideais do colesterol de acordo com o grupo de risco do paciente, é preciso recorrer ao uso de medicamentos. “As estatinas compõem a principal classe de remédios para controle do colesterol e são seguras quando bem indicadas”, completa o endocrinologista.
Sobre a Paraná Clínicas
Fundada em 1970, a Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na modalidade coletiva por adesão. Desde setembro de 2020, é operadora integrante da SulAmérica, o maior grupo segurador independente do Brasil. Carrega a missão de cuidar com excelência empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC – 24h; CIM Fazenda Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade Infantil – 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde – onde também operam o Hospital Dia, projetado para oferecer o que existe de mais moderno em procedimentos eletivos, e o Centro de Infusão, estruturado para atender com excelência os pacientes de oncologia, hematologia e reumatologia.
Fonte: Segs.