A osteoporose é uma doença que causa diminuição de massa óssea, alterações na estrutura dos ossos e, consequentemente, aumento da fragilidade do osso, podendo causar fraturas. Essa doença acomete em maior proporção a população feminina, em decorrência, principalmente, das alterações hormonais vindas da menopausa, que ocorre em mulheres acima de 45 anos. Além da menopausa, existem outros fatores que podem favorecer o aparecimento da osteoporose, como a idade, a raça, o sexo, o histórico de quedas, o baixo nível de vitamina D, dieta pobre em cálcio, tabagismo e alcoolismo.
Sabe-se que o Brasil já tem mais mulheres do que homens na população. É o que mostra a revisão 2018 da projeção da população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na década de 80, havia 753 mil mulheres a mais do que homens no Brasil; hoje, já são 4,5 milhões, e em 2060 serão 6,3 milhões. Elas passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias brasileiras. Com o aumento da expectativa de vida desse público, ocorre também o aumento de doenças associadas, como por exemplo, a osteoporose.
A patologia é considerada uma doença “silenciosa”, pois geralmente é detectada em uma fase mais avançada, depois de uma fratura espontânea de um osso. Apresenta alterações em sua estrutura, a ponto de não suportar um trauma, causando dor no local lesionado. Segundo a Sociedade Americana de Menopausa, o principal objetivo clínico na condução da osteoporose é a redução do risco de fratura. Os locais mais acometidos são a coluna vertebral, as costelas, os punhos e o fêmur.
Como se diagnostica a osteoporose? O principal exame realizado para o diagnóstico da doença é a densitometria óssea, método não invasivo que possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e fêmur para comparar com valores de referência já estabelecidos. Os valores são classificados entre normal, baixa massa óssea (osteopenia) e osteoporose.
Algumas recomendações são realizadas para a prevenção da doença, como a ingestão de cálcio e vitaminas, evitar bebidas alcoólicas e o tabagismo e a prática diária de atividades físicas, entre as quais podemos incluir exercícios aeróbicos, como caminhar e andar de bicicleta. Há também exercícios que promovem o fortalecimento muscular, como a musculação e o Pilates – método que utiliza exercícios dinâmicos para o fortalecimento e alongamento de vários grupos musculares, que também beneficiam uma melhor postura e o aprimoramento da consciência corporal. É importante ressaltar que os exercícios de Pilates devem ser realizados com supervisão de um profissional da saúde, podendo ser fisioterapeutas ou educadores físicos.
Fonte: Estado de Minas