A obesidade não reconhecida em crianças e adolescentes pode acarretar uma série de outras doenças crônicas, incluindo problemas de saúde mental, doenças cardíacas e diabetes tipo 2, além de alguns tipos de câncer e problemas nos ossos e articulações. De acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada dez crianças brasileiras de até cinco anos está com o peso acima do ideal: 7% têm sobrepeso e 3% já têm obesidade. Ou seja, estima-se que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. Isso é quase toda a população da cidade do Rio de Janeiro, que tem mais de 6,7 milhões de habitantes, por exemplo.
“A obesidade é uma doença crônica multifatorial, relacionada à fatores genéticos (quando os pais têm obesidade) e ambientais, caso a criança esteja inserida em uma família com hábitos alimentares não saudáveis e esteja sedentária. Isso pode levar à obesidade infantil”, diz Erika de Souza, gerente médica da Novo Nordisk. “Os pais devem procurar ajuda o quanto antes. É uma doença crônica e recorrente, que requer tratamento de longo prazo para que uma vez que o peso seja perdido, não haja o reganho. Existe um mito de que a obesidade é culpa do paciente, e não é”, enfatiza. “Estigmatizar a obesidade atrasa muito o diagnóstico e o início do tratamento”.
No passado, existia a percepção equivocada de que ‘criança acima do peso’ era criança saudável e bem alimentada. Hoje, é sabido que essa impressão não corresponde à realidade. “É comum a criança estar acima do peso e ter falta de ferro e vitaminas. Muitas vezes, a dieta é tão limitada, que a criança não ingere os nutrientes necessários, apenas utilizando alimentos ultra processados, sem nenhum valor nutricional e sem se beneficiar de uma alimentação balanceada. Apesar de estarem acima do peso, podem estar desnutridas nutricionalmente”, informa.
Impactos na saúde mental e incentivo da família
Além da saúde física, a obesidade também pode ter efeitos psíquicos nessa fase da vida. “A criança com obesidade pode desenvolver uma autoestima baixa, pois muitas vezes são excluídas dos jogos e brincadeiras, e sofrem bullying, o que pode levar à ansiedade e à depressão”, acrescenta a especialista.
Ao buscar o tratamento adequado, é preciso a colaboração do núcleo familiar. Segundo a médica, quando a família (incluindo os avós) se envolve, a criança tende a se sentir motivada e começar a perder peso. “Dessa forma, toda a família participará do tratamento, ajudando na adesão às medidas dietéticas e de atividade física. Os pais darão mais apoio e atenção aos filhos e também se beneficiarão com a perda de peso (se for o caso). É saúde para toda a família”, completa.
Fonte: Assessoria de imprensa – Novo Nordisk