Autoimune, a artrite reumatoide afeta o revestimento das articulações, causa inchaço doloroso e é mais prevalente entre as mulheres. De acordo com estimativas, uma em cada 100 pessoas sofre com esta doença reumatológica e devido à outra situação alarmante no Brasil, o crescimento da obesidade, o desenvolvimento de quadros mais difíceis de tratamento pode crescer consideravelmente nos próximos anos.
Embora uma pesquisa da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, aponte que pessoas com peso muito acima do que o recomendado tendem a viver 10 anos a menos que o normal, estudo da revista científica The Lancet mostra que quase 30 milhões de brasileiros são obesos. O número representa 23% das mulheres e 17% dos homens brasileiros.
Segundo a doutora Jaqueline Barros Lopes, médica reumatologista e coordenadora do Centro de Infusão do Hospital Santa Catarina (SP), “para quem sofre de artrite reumatoide, a obesidade, além de atenuar as chances de eficácia dos tratamentos, pode ser um fator determinante para agravar a doença e prejudicar ainda mais a qualidade de vida do paciente”.
Além de controlar o peso, a médica revela outros dois importantes pontos: “Manter uma relação de confiança com o médico é vital, já que o tratamento é contínuo e exigirá um diálogo aberto entre ambos. Outra questão é ficar atento com o local onde será administrada a medicação. Recomendamos sempre aos pacientes a importância de realizar os tratamentos infusionais em ambiente hospitalar, já que o mesmo proporciona a estrutura necessária para sua própria segurança durante a administração dos medicamentos”.
Tratamento adequado recupera autoestima dos pacientes
O uso de medicação contínua, para algumas pessoas, é um fator que prejudica a autoestima e, consequentemente, o tratamento. No entanto, a médica esclarece que “o ambiente de recuperação, o preparo da equipe médica em atender os pacientes e aplicar a medicação, assim como o diagnóstico correto para cada caso, podem ampliar as chances de enfrentar a doença de maneira ainda mais eficaz e sem prejudicar a qualidade de vida”.
Fonte: A Critica