Recentemente tive a experiência de atender uma paciente que sofria de dores articulares após Chikungunya e iniciou o uso de corticoide oral conforme orientado por sua vizinha, que havia passado por um médico e prescrito para o seu caso. A paciente estava há seis meses usando a medicação diariamente e na consulta já apresentava efeitos colaterais do corticoide a longo prazo, como aumento de peso e diabetes.
Diariamente nos deparamos com casos semelhantes e por isso a necessidade de informar sobre os perigos da automedicação. Não só porque sintomas recorrentes podem indicar algo mais sério, mas porque todo medicamento tem potencial nocivo quando utilizado sem orientação médica.
Alguns perigos ocultos existem por trás da decisão de se automedicar. Existe a possibilidade de que o paciente desenvolva alguma resistência à substância, como no caso de antibióticos. Isso significa que na próxima vez que for necessário fazer o uso da mesma medicação, o remédio poderá não fazer o efeito esperado. . É possível também que ocorra interação com outro remédio que o indivíduo já faça uso. Muita gente não sabe, mas alguns tipos de medicamentos podem diminuir, temporariamente, o efeito do anticoncepcional, por exemplo.
Outro exemplo comum é o uso indiscriminado de anti-inflamatórios, que apresentam riscos a depender da dose, tempo de uso, idade do paciente, interação com outras medicações e presença de comorbidades (úlcera péptica, hipertensão arterial, cardiopatias e diabetes).
Na internet é possível ter acesso a informações sobre qualquer tipo de assunto, como diagnósticos, receitas milagrosas, medicamentos exclusivos e uma série de outras coisas.
Contudo, é necessário tomar muito cuidado com a automedicação.
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