Alguns gostam de mostrar, outros tentam esconder: pintas na pele são comuns na maioria das pessoas. Personalidades como Angélica e Sabrina Sato as têm como suas marcas registradas. Mas será que elas são inofensivas?
— As pintas são pequenas tumorações formadas por células névicas, derivadas de melanócitos (células produtoras de melanina) — diz a dermatologista Tatiana Steiner.
Essas marcas podem surgir a qualquer momento da vida, assim como desaparecer. Mas é preciso ficar de olho em cada uma, pois elas podem ser sinal de câncer de pele.
— As pintas que costumam nos preocupar mais são aquelas que seguem a regra do ABCDE (veja abaixo). Nesses casos, é preciso procurar um dermatologista o quanto antes — alerta Patricia Ormiga, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Quanto mais pintas a pessoa tiver maior é o risco de desenvolver um câncer do tipo melanoma, mas isso não significa que quem apresenta poucos sinais não possa ter a doença.
O sol é um dos fatores que contribuem para a formação de pintas e a transformação delas em tumores malignos. Por isso, é importante utilizar o filtro solar todos os dias.
— De uma forma geral, recomendamos uma avaliação semestral. Para quem tem mais de cem pintas, além de quem tem histórico de melanoma pessoal ou na família, é preciso fazer um mapeamento corporal — afirma Daniel da Costa, dermatologista do Hospital Adventista Silvestre.
Este mapeamento é feito por meio da dermatoscopia digital, na qual é possível visualizar características da pinta invisíveis a olho nu, e acompanhar a evolução do sinal ao longo do tempo.
Fique atento ao ABCDE das pintas
A de assimetria
As pintas precisam ter os lados simétricos, ou seja, com o mesmo desenho. Se você dividir imaginariamente uma pinta em quatro partes, como se fosse uma pizza, e um dos lados não for simétrico, é preciso buscar ajuda
B de borda
As bordas das pintas precisam ser regulares e delimitadas. É preciso saber identificar exatamente onde a pinta começa e acaba
C de cor
A pinta só pode ter uma cor. Ao identificar que uma mesma pinta apresenta múltiplas cores, como preta, marrom e vermelha, procure um dermatologista
D de diâmetro
O tamanho da pinta não pode ultrapassar 6 milímetros. Fique atento ao tamanho das suas
E de evolução
É preciso prestar atenção às mudanças apresentadas pela da pinta, como passar a coçar ou sangrar, por exemplo.
Fonte: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/monitorar-as-pintas-do-corpo-pode-prevenir-doencas-graves-22638470.html