A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a ampliação do uso do romosozumabe no SUS para o tratamento de mulheres na pós-menopausa com osteoporose grave e falha terapêutica. O medicamento se destacou na análise pela eficácia comprovada e pela viabilidade econômica em comparação às opções até então disponíveis no SUS. A osteoporose é uma doença que aumenta a fragilidade dos ossos e a probabilidade de fratura.
O romosozumabe é um imunobiológico que aumenta a ação das células responsáveis pela formação dos ossos, resultando em melhorias na massa, na estrutura e na força óssea. Ele já estava disponível na rede pública de saúde para o tratamento da osteoporose em mulheres acima de 70 anos, mas agora seu uso será ampliado para todos os pacientes.
Na prática, o medicamento é administrado com intervalos maiores entre as doses, o que facilita a adesão por parte dos pacientes e permite um acompanhamento mais eficaz. O tratamento também passa a ter duração total de doze meses. Além disso, a fabricante ofereceu um desconto de 40% nos custos, o que colaborou para a recomendação feita pela Comissão.
NO SUS
O tratamento indicado para a osteoporose inclui estratégias medicamentosas e não medicamentosas, conforme as opções disponíveis no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Osteoporose do SUS. O material deverá ser atualizado em breve.
Acesse aqui o PCDT.
OSTEOPOROSE
A osteoporose pode ser classificada em primária e secundária. A forma primária é a mais comum e caracteriza-se pela perda de massa óssea associada ao envelhecimento ou à pós-menopausa, sem relação com outras condições de saúde. Já a osteoporose secundária ocorre quando a fragilidade óssea está vinculada a outras condições clínicas.
A doença é considerada grave quando há ocorrência de uma ou mais fraturas decorrentes de enfraquecimento ósseo, causadas por trauma mínimo, em locais como as vértebras da parte intermediária da coluna e as extremidades dos ossos da coxa e do braço. As fraturas vertebrais são as mais frequentes e, em geral, não apresentam sintomas ou são acompanhadas de dor leve a moderada, o que torna o diagnóstico mais difícil. Além disso, as fraturas por fragilidade óssea dobram o risco de fratura de quadril, que está relacionada ao aumento da mortalidade, à perda de funcionalidade e à redução da qualidade de vida, especialmente em idosos.
Saiba mais aqui: Conitec – Relatório para a Sociedade nº 473.
Fonte: CNS