A cantora ficou famosa por defender o amor próprio, gays e os direitos das mulheres. Sua postura aberta a aproxima dos fãs. É o que acontece quando fala sobre seu Transtorno de Estresse Pós-Traumático, conta que foi vítima de abuso sexual, que sofre de fibromialgia, defende sua bissexualidade ou confessa inseguranças. Veja dez momentos em que Gaga foi a rainha da diversidade:
Quem usa as calças?
“Depois de experimentar mais ou menos dez vestidos, com uma triste sensação no coração de que tudo o que iria importar seria o que eu uso no tapete vermelho, eu vi esse terno oversized Marc Jacobs enterrado num canto. Com essa roupa, me sinto como eu mesma hoje, como uma sobrevivente de abuso sexual por alguém da indústria do entretenimento, como uma mulher que ainda não tem coragem suficiente de dizer o nome dele, como uma mulher que foi condicionada desde idade muito jovem a ouvir o que os homens me diziam para fazer. Decidi hoje que queria recuperar o poder. Hoje eu que uso as calças.” ELLE’s annual Women in Hollywood, 10/2018
Rockstar mulher = rockstar homem “Se eu fosse um cara e estivesse sentado aqui com você com um cigarro na mão, segurando o saco e falando sobre como eu faço música porque adoro carros de corrida e foder garotas, você me chamaria de rockstar. Mas quando eu faço isso em minhas músicas e em meus vídeos, porque sou uma mulher, porque eu faço música pop, você julga e diz que isso é uma distração. Eu sou apenas uma rockstar.” Em resposta a um jornalista que queria saber se as referências sexuais poderiam tirar atenção da sua música, 07/2015
Ex-namorado atormentado: “Eu tive um namorado que me disse que eu nunca faria sucesso, nunca seria indicada para um Grammy, nunca teria um hit e esperava que fracassasse. Eu disse a ele: algum dia, quando não estivermos juntos, você não poderá pedir uma xícara de café numa deli sem me ver ou ouvir.” À revista “Cosmopolitan”, 2010 (na época ela já tinha cinco Grammys)
Lagoa das moças: “Dei uns mergulhos na lagoa das moças. Não é mentira que eu sou bissexual e gosto de mulheres. É quem eu sou e quem eu sempre fui. Eu costumava ir a clubes lésbicos o tempo todo. Eu prefiro ir neles porque acho as lésbicas mais ‘namoráveis’ que os homens héteros, quando se trata de ficar com você. E eu realmente gosto disto.” Ao programa “Watch What Happens Live”, 09/2013
Time’s Up: “Eu tive experiências realmente terríveis com homens no estúdio, que me deixaram muito desconfortável. Eu não senti que estava sendo valorizada pela minha voz, mas era vista mais como alguém para se aproveitar. [Quando perguntada esses avanços eram de natureza sexual, ela responde] Sim. E eu não tenho que elaborar, mas quando as mulheres que estão no negócio e que são jovens lerem este artigo, espero que percebam que você não tem que aguentar isso. E espero ser uma inspiração para que, se você for talentoso o suficiente, pode trabalhar duro e alcançar seus sonhos.” Jornal “The Times”, 10/2014
Segredo revelado: “Essas pessoas sobreviveram a traumas […] e o meu próprio trauma me ajuda a entender o trauma deles. Eu tenho uma doença mental e luto com ela todos os dias. Eu tenho Transtorno de Estresse Pós-traumático e eu nunca contei isso a ninguém antes. É um esforço diário para mim, mesmo quando estou gravando, regular meu sistema nervoso para não entrar em pânico em circunstâncias que para muitas pessoas são normais.” Durante visita ao Harlem’s Ali Forney Center um abrigo para jovens LGBT, 12/2016
Carne Crua: “Se não defendermos o que acreditamos e não lutarmos pelos nossos direitos, logo teremos tantos direitos quando a carne que cobre nossos ossos. Eu não sou um pedaço de carne.” A Ellen Degeneres, sobre o vestido de carne, 09/2010
Estrela Intermitente: “Isso me colocou onde eu deveria estar, porque quando minha personagem diz como se sente feia – era real. Eu sou muito insegura. Gosto de pregar, mas nem sempre coloco em prática o que digo.” Sobre o teste para a personagem de “Nasce Uma Estrela”, depois que o diretor Bradley Cooper tirou a maquiagem dela, 09/2018
Somos todos humanos: “Gays ou héteros, ricos ou pobres, com distúrbios mentais ou sem distúrbios mentais, donos de armas, não donos de armas. Nada disso importa mais. Estamos unidos em nossa humanidade e a única coisa que nós valorizamos é a bondade. E isso tem que vir antes de tudo.” Ao falar sobre a paz ao lado do Dalai Lama, 06/2016
Bonde do amor-próprio: Durante a bem-sucedida “Born This Way Ball Tour”, Gaga quis ter a certeza que todos sentissem o amor. Para isso, ela criou o “Born Brave Bus”, um espaço para os Little Monsters se reunirem antes do show e conversarem sobre coisas como a saúde mental e bullying. Desde a criação da Born This Way Foundation em 2011, foram ajudadas milhares de crianças e jovens LGBTQ. A BTWF lançou iniciativas como #HackHarrassment, Channel Kindness e #KindMonsters, para ajudar na luta contra o bullying com os jovens LGBTQ, 2012/2013