O cantor Justin Bieber confirmou em sua conta no Instagram que descobriu sofrer de doença de Lyme no ano passado e, desde então, vem lutando contra a doença.
O cantor disse que irá divulgar mais informações em um documentário que será lançado no YouTube em 27 de janeiro. Nele, Bieber vai revelar como ele enfrentou, com o apoio da família, os sintomas da doença — que pode provocar erupções cutâneas, dor de cabeça, febre e fadiga.
Doença é causada por bactéria
Considerada rara, a doença de Lyme é transmitida por carrapatos contaminados com a bactéria Borrelia (que podem se apresentar em diferentes subespécies dependendo do lugar no mundo) após o inseto ficar grudado ao corpo humano por cerca de 24 horas.
A doença foi primeiro descrita no meio da década de 1970, e o primeiro caso no Brasil só foi documentado em 1992. Estima-se que, nos EUA, sejam diagnosticados cerca de 30 mil novos casos por ano. Não há estimativas sobre os casos no País.
Bieber recebeu o diagnóstico em 2019, mas não deixou claro se descobriu quando e onde teve contato com carrapatos.
Após o contágio, vem a fase aguda da doença: entre três e 30 dias depois, o paciente sente dores articulares e costuma desenvolver uma lesão vermelha e arredondada na pele. De acordo com o Manual MSD, no entanto, cerca de 25% das pessoas infectadas nunca apresentam ou pelo menos não notaram essa mancha.
Diagnóstico ainda é demorado
Por ser pouco conhecida até mesmo entre os médicos e ter sintomas semelhantes aos da artrite reumatoide, a falta de diagnóstico médico pode causar complicações. Foi o caso de Bieber, que acabou desenvolvendo uma forte depressão pela demora em receber um diagnóstico que explicasse seus sintomas.
Se o paciente não receber o tratamento correto com antibióticos por via oral ou intravenosa por cerca de um mês, a doença pode provocar consequências graves, como paralisia facial, artrite, meningite, problemas cardíacos e problemas neurológicos.
A falta de tratamento ainda pode levar a um quadro chamado de doença de Lyme crônica, condição mais severa que faz os sintomas durarem mais tempo ou reaparecerem. A forma mais grave da doença também pode provocar alterações de visão e ainda comprometimento do sistema nervoso.
A única forma de se proteger é evitando locais onde já se sabe que os carrapatos existam. Se não for possível evitar o local, é importante inspecionar as áreas expostas para verificar se há algum carrapato preso à pele – como ele precisa de pelo menos 24h para infectar a pessoa, a inspeção costuma ser eficaz.
Se ocorrer o contato com carrapato, o mais indicado é procurar um médico infectologista ou médico com urgência.
Fonte: Uol