O envelhecimento é um processo natural na vida de todo ser humano e quando a idade chega, principalmente após os 60 anos, o corpo padece e começa a perder massa muscular. Tal processo recebe o nome de sarcopenia, que é caracterizado pelo enfraquecimento dos músculos, causando um impacto em todos os movimentos e na flexibilidade do corpo.
Segundo o médico ortopedista e professor de medicina da Universidade do Estado do Amazonas, Ronan Granjeiro, o processo degenerativo, que acontece após o desenvolvimento dos órgãos até a fase adulta, atinge todas as estruturas do corpo. O mesmo acontece com o sistema músculo esquelético. “A musculatura degenera e, com isso, os exercícios de fortalecimento muscular devem ser realizados praticamente em todos os idosos, três vezes por semana.
O objetivo é manter os movimentos dos membros superiores e inferiores para exercer suas atividades diárias. Como por exemplo: higiene, alimentação, prática de esportes, entre outros”, explicou Granjeiro, que atende na Clínica Orthofit (Av. Boulevard Álvaro Maia, 305, Presidente Vargas).
Para a fisioterapeuta e especialista em pilates, Walkíria Brunetti, o maior enfoque dos treinamentos é dado para as pernas, já que caminhar é um dos principais aspectos que precisa ser preservado na terceira idade para se manter a independência. Contudo, os membros superiores também devem ser inseridos nos programas de fortalecimento muscular.
“Assim como as pernas, os braços também estão envolvidos em inúmeras atividades da vida cotidiana que necessitam dos músculos dos membros superiores”, ressaltou Brunetti.
Evitando as ‘ites’
De acordo com Granjeiro, há inúmeros meios de fortalecer os músculos dos membros superiores. Um deles é o reforço muscular através da musculação. Além de ajudar o idoso a se manter ativo e independente, a musculação pode evitar o surgimento de problemas como tendinites, bursites e outras dores.
“O importante é fazer os exercícios adequados e sob a orientação de um profissional, sempre respeitando os limites dos músculos e tendões. A dica, por exemplo, é que a cada 50 minutos de exercícios na área, deve haver dez minutos de descanso. Isso vale também para movimentos repetitivos no trabalho”, disse o ortopedista.
Pilates como opção
Outra opção para combater o enfraquecimento dos músculos na terceira idade é o pilates. Conforme Brunetti, o pilates trabalha de forma global o fortalecimento muscular, aumentando a flexibilidade e o equilíbrio, aspectos fundamentais para a autonomia dos idosos. Outro ponto positivo do pilates é que pode ser adaptado de forma individual, respeitando o condicionamento físico do aluno. “O público idoso pode apresentar algumas doenças crônicas ou condições, como osteoartrose e osteoporose, que necessitam de uma atividade com acompanhamento de um profissional habilitado”, concluiu Walkíria.