A dificuldade de acesso ao tratamento da Fibromialgia foi tema de audiência pública, na manhã desta sexta-feira (13), na Câmara Municipal de Maceió. Presidida pela vereadora Tereza Nelma (PSDB), a sessão contou com a presença de pacientes, membros de entidades sociais e de gestores públicos.
A Fibromialgia é uma síndrome que causa dores por todo o corpo, atingindo as articulações, os músculos, os tendões e outros tecidos moles. Por ser uma doença de difícil diagnóstico e com sintomas “invisíveis”, os pacientes sofrem com a incompreensão de pessoas próximas, o que pode levar à depressão. Além de dores, a Fibromialgia também causa distúrbios no sono e fadiga.
“Esta é uma doença que não é visível, por isso os pacientes sofrem de forma muito solitária. Atinge mais as mulheres, mas existem casos entre os homens e já começa a surgir entre adolescentes e idosos”, explicou a vereadora Tereza Nelma, ressaltando a necessidade de discutir o suporte oferecido pelo poder público aos pacientes. De acordo com ela, terapias alternativas podem ajudar, a exemplo da acupuntura e da equoterapia.
Gerente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Alagoas, Marcelo Barbosa, participou da audiência para esclarecer sobre a possibilidade de obter benefícios previdenciários. Ele explicou que não é apenas o diagnóstico que garante o direito, mas a invalidez que surge a partir da doença. “O benefício é dado pela incapacidade do paciente, que precisa contribuir com o INSS mensalmente para ter condições de pleitear o benefício”, afirmou ele.
Durante o debate, pacientes relataram os prejuízos para a saúde e para as relações sociais que vivenciam por causa da Fibromialgia. Entre as reclamações, estão as consultas com psicólogos que nem sempre são financiadas pelos planos de saúde na quantidade necessária. O apelo por um maior esclarecimento sobre a doença também se mostrou constante nas falas, uma vez que a incompreensão de familiares e colegas de trabalho atrapalham a recuperação do paciente.
Fonte: Cada Minuto