A osteosporose é uma doença osteometabólica (dos hormônios que regulam o metabolismo de cálcio) e degenerativa, não exclusiva da população idosa e que resulta em fragilidade óssea. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das mulheres terão ao menos uma fratura vertebral até chegarem aos 80 anos e 15% das mulheres brancas terão quadris fraturados ao longo de suas vidas. O diagnóstico precoce é uma forma segura de controlar o problema.
Mas é na prevenção que deveríamos atuar, pois a osteosporose está se tornando uma doença de saúde pública, já que 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a osteosporose, sendo que uma em cada três mulheres com mais de 50 anos apresenta a doença e um em cada cinco homens nessa faixa etária. Os ossos mais afetados são fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos. Estudos mostraram que mulheres pós-menopáusicas, com baixa densidade óssea, quando submetidas a um treinamento específico para osteosporose, conseguiram manter ou melhorar a massa óssea. Este resultado é muito positivo, pois há tratamento para a doença: a atividade física! E que, aliada ao tratamento médico e nutricional, tem tudo para dar uma segurada na evolução da doença.
Se você ainda é jovem, trabalhe na prevenção e já está na faixa dos 50 anos ou mais, mãos na massa! Vamos para a academia! Comece sempre com exercícios leves e lentos se você é iniciante, respeitando a adaptação neuro-músculo-esquelética do corpo, para evitar lesões. Mas conforme vai ganhando condicionamento físico, um trabalho de potência deverá ser proposto. Não é só o impacto das atividades cardiovasculares que estimula a massa óssea. A tensão muscular tem papel importantíssimo. Por isso a combinação de exercícios resistidos com aeróbicos de impacto forma o combo perfeito. Mas exercícios funcionais devem fazer parte do programa para proteger as pessoas durante suas vidas (agachando, empurrando, levantando etc) e evitar o risco de quedas. Caminhadas vigorosas, trotes e saltitos, numa intensidade acima da habitual, podem melhorar muito a massa óssea. Exercícios sem impacto (hidroginástica) são ótimos aliados, desde que tenham alta intensidade dentro d’água. Melhoram o equilíbrio e a força muscular.
LICIANA ROSSI é educadora física formada pela ESEF Jundiaí; pós-graduada em treinamento físico pela Unicamp e ginástica corretiva pela FMU-SP; exercícios corretivos pela Academia Nacional de Medicina Esportiva – NASM/USA; CHEK Practitioner nível 2 Califórnia/USA; Holistic Life Style Coach/CHEK Institute/USA
Fonte: http://www.jj.com.br/opiniao/liciana-rossi-exercicios-fisicos-e-a-osteoporose/