A maioria das pessoas sabe que a prática regular de exercícios físicos reduz o risco de doenças cardiovasculares e previne a obesidade. Entretanto, não é muito difundida a importância da atividade para construir e manter ossos saudáveis.
É preciso lembrar que os ossos, as articulações e os músculos sustentam o corpo, ajudando a ficar de pé e executar ações diárias. Infelizmente, os ossos se tornam mais fracos e frágeis com o envelhecimento, podendo provocar osteoporose, a perda acelerada de massa óssea, reduzindo a absorção de minerais e cálcio.
Quem tem a doença, apresenta risco maior de fraturas após pequenos traumas, como uma simples queda da própria altura. As fraturas provocam sequelas e diminuem a mobilidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, até 2050, o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões, representando um quinto da população mundial. Os idosos brasileiros passaram dos 28 milhões em 2019, e o Ministério da Saúde estima que o número chegue a 43 milhões até 2031. Nesse cenário, é crucial observar a importância de envelhecer com qualidade de vida.
As atividades físicas são fundamentais para manter a resistência e a força dos ossos. A OMS já confirmou também que a prática de exercícios de intensidade leve e moderada retarda o declínio físico e mental, contribuindo ainda com a gestão de emoções e desordens, como depressão e demência.
A ginástica atua nos ossos da mesma maneira que nos músculos, ou seja, deixa mais fortes. O osso é um tecido vivo e se adapta às forças em que é submetido.
O exercício regular torna o osso mais denso e resistente e ainda melhora o equilíbrio e a coordenação, sendo especialmente importante em idosos por prevenir quedas e, consequentemente, fraturas.
A maioria das atividades físicas ajuda na manutenção da resistência óssea, como caminhada, corrida, dança, musculação, exercícios funcionais e até mesmo subir escadas.
Um programa efetivo de atividades para a saúde óssea deve incluir, pelo menos, uma dessas práticas por 30 minutos diários, no mínimo quatro vezes por semana.
O idoso deve fazer uma atividade que goste e sinta prazer para manter a motivação. Vale lembrar que, antes de iniciar uma atividade, a recomendação é consultar um médico para orientações sobre a melhor opção.
O exercício é benéfico ao sistema esquelético, mas é apenas um dos elementos importantes. Deve-se valorizar também os fatores genéticos e familiares e, claro, manter hábitos saudáveis. Manter uma dieta com cálcio de forma equilibrada, evitar o uso do cigarro e do álcool para garantir um envelhecimento ativo e com qualidade.
Fonte: O Tempo.