Antes da primeira crise, aos 14 anos, eu passei 2 anos sentindo dores. Dores na coluna. Eu ia até o pediatra e diziam ser falta de postura ou que eu estava na fase de crescer. Lembro que durante esse tempo só fiz um raio- x.
Minha primeira crise foi aos 14 anos. Eu estava me preparando para ir para a catequese e eu senti uma dor forte na coluna e minha perna ficou paralisada. Eu tive que pedir ajuda a uma comerciante e fiquei parada até melhorar.
O segundo episódio foi em pouco tempo depois do primeiro e foi parecido. Em alguns meses quando eu havia acordado e estava me arrumando para ir para a escolha eu me abaixei e quando me levantei acabei caindo. Foi aí que minha vida mudou. Senti dores fortes no tornozelo e não consegui mais levantar… Minha vida mudou.
Foram dias, meses, indo para ortopedistas e ninguém sabia o que eu tinha. As dores eram fortes, meus pés ficaram inchados, eu andava com ajuda das pessoas, não conseguia fazer atividades mínimas. Fiquei cerca de 1 ano indo para ortopedistas até que o médico que me acompanhou do início, pediu para eu ir para o reumato.
Nesse período tive uma lesão na raiz do nervo da coluna e chegamos a pensar que esse tinha sido o meu real problema. Foi muito difícil achar um reumato na minha idade. Eu tinha completado 15 anos e eu não consegui achar um pediatra para me atender. Até que um médico, mesmo não sendo pediatra, resolveu me atender, começamos o tratamento e ainda não tinha tido o diagnóstico.
Acabei desenvolvimento ansiedade, depressão, ao longo desses dois anos, tive várias crises, mas mesmo sem saber ainda o que tinha, conseguia ver uma melhora. Com tudo, comecei a procurar de novo ortopedistas e neuro, recebi alguns diagnósticos, até mesmo Leucemia… Depois de quase 3 anos esperando, o diagnóstico Artrite.
Sinceramente, não sei o que foi pior, não saber o que tinha ou saber que seria para sempre. Meu mundo caiu, pois eu olhava para as batalhas que tinha e que achava que teria fim e agora não teria mais, teria que conviver a vida toda.
Aos poucos tive que aprender que existem limitações, que preciso cuidar de mim e que isso não me impede de ser feliz e muito menos de construir objetivos. Uma pena que levei um tempo para entender, mas não foi fácil ter sido diagnosticada tão cedo e ter que lidar com tudo isso, mas faz parte. Demorei um tempo para escrever, queria que fosse uma libertação e está sendo.
Nós achamos que o nosso mundo acabou, não vou negar que é difícil, muitas vezes eu queria minha vida de volta, mas infelizmente precisamos aprender a lidar com a dor e saiba que ela nos fortalece. Hoje me sinto uma pessoa melhor. A doença me mudou. Busque uma outra opinião, depois do diagnóstico, mas busque se convencer. Eu tive que ouvir muitas opiniões até aceitar que tinha a doença e eu me machuquei muito e adiei o tratamento.
Siga tudo que o médico te indicar e acredite, a remissão vem!
Meu nome é Adrielle, tenho 23 anos, convivo com o diagnóstico de Artrite Reumatoide à 7 anos, sou Estagiária da DPBA e moro em Salvador no estado do BA.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!⠀⠀
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