Principal causa de morte no Brasil e no mundo, a aterotrombose é uma doença do sistema circulatório que compromete a passagem de sangue pelas artérias e pode causar diversas complicações, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Na maioria das vezes, é tratada apenas com um arsenal medicamentoso. Ainda que as pessoas possam se beneficiar de mudanças comportamentais, poucas aderem às boas práticas, conforme revelou o estudo NEAT (The NEtwork to Control ATherothrombosis), publicado pelo Scientific Reports do grupo Nature (Link).
Os achados mostram que apenas 0,3% dos pacientes aderem à prevenção secundária que reduz o risco cardiovascular, o que inclui controle do colesterol, da pressão arterial e do peso, prática de atividade física e cessação do tabagismo. Participaram do estudo mais de 2.000 pacientes com doença arterial coronária e/ou periférica, sendo 65,7% do sexo masculino, com uma média geral de idade de 66,3 anos.
“Diferentes barreiras foram identificadas. Em termos de prescrição dos medicamentos que reduzem o risco cardiovascular, o julgamento médico foi a barreira mais comum. Isso reforça a importância da educação para melhorar práticas médicas, as quais, de forma associada, poderiam reduzir o risco anual de óbito e complicações cardiovasculares, que é próximo a 4% nesta população, para um risco próximo a 1%”, ressalta o Dr. Pedro Barros, principal autor do estudo e pesquisador do Instituto de Pesquisa do Hcor.
O NEAT é um estudo observacional, prospectivo, nacional e multicêntrico, desenvolvido para documentar a prática atual de terapias utilizadas para prevenção secundária entre pacientes com doença aterotrombótica nas artérias coronárias e leitos arteriais periféricos. Um total de 25 locais de todas as cinco regiões brasileiras incluíram pacientes, sendo 56% em centros públicos e 44% privados.
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Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o que proporciona que seu impacto em saúde esteja presente em todas as regiões do país.
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria, que também conduz projetos gratuitos de saúde para população em situação de vulnerabilidade. Além do escopo médico-assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Conjuntamente, capacita milhares de profissionais anualmente por meio do Hcor Academy com seus cursos de pós-graduação, cursos de atualização e programas de residência e aprimoramento médico