A lombalgia lidera todos os distúrbios em termos de anos perdidos em função de incapacidades. A maioria dos pacientes melhora rapidamente, mas até 33% relatam dor persistente na região lombar, enquanto 15% desenvolvem dor crônica na região lombar inferior apresentando limitações físicas significativas.
Mais de 50% dos participantes do estudo que avaliou o efeito de sessões de massagem experimentaram melhora clinicamente significativa na condição de lombalgia com incapacitação, segundo Niki Munk, uma das pesquisadoras principais do trabalho.
“O estudo possibilita que os profissionais da assistência primária se sintam seguros para dizer aos pacientes com lombalgia crônica que experimentem a massagem, se tiverem condições para isso”, disse Munk. Nos EUA, de modo geral, a massagem não tem cobertura de seguro, seja Medicaid ou Medicare. Estudos prévios sobre a efetividade da massagem foram conduzidos sob condições de pesquisa controladas. Neste estudo, os pacientes foram encaminhados por um médico a um massoterapeuta.
O massoterapeuta delineou e administrou uma série de 10 massagens—sem custos para os pacientes—em um ambiente de tratamento clínico, mimetizando a experiência de pessoas que optaram por buscar a massoterapia na vida real. O estudo também observou diferentes características associadas à maior ou menor propensão dos pacientes a experimentarem uma alteração clinicamente significativa resultante da massagem.
Entre os achados do estudo, foi observado que: os adultos da geração baby-boom e de gerações anteriores tenderam a apresentar uma propensão muito maior a experimentarem alterações clinicamente significativas. Os pacientes obesos apresentaram melhoras significativas, mas estas melhoras não foram retidas com o passar do tempo. Os pacientes que tomavam opiáceos apresentaram melhoras na dor da incapacitação em alguns casos, mas foram 2 vezes menos propensos a experimentarem alguma alteração clinicamente significativa do que aqueles que não estavam tomando opiáceos.
Embora os resultados deste estudo sejam promissores, ainda há muito trabalho a ser feito. De acordo com o Dr. Marcus Pai, médico especialista em dor, “o que importa é que a lombalgia crônica é muito complexa e frequentemente requer uma abordagem do tipo manutenção versus uma opção do tipo intervenção a longo prazo.”
Investigações adicionais se fazem necessárias para reproduzir os resultados do estudo inicial e conduzir uma análise de custo-benefício da massoterapia, segundo o Dr. Marcus. “Geralmente, as pessoas desejam saber se vale a pena. Compensa fornecer massagem às pessoas por períodos prolongados? Isto ajudará a evitar cirurgias na coluna dorsal, por exemplo, que podem ou não ter desfechos significativos? Estes são os tipos de análise que esperamos que resultem deste estudo”.