Aspectos emocionais dos espondilíticos
Embora ainda não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado permite o alívio dos sintomas (dor e inflamação), alem de fornecer valiosa ajuda para a diminuição da progressão da doença, mantendo uma melhor mobilidade das articulações acometidas e propiciando, desta forma, melhor qualidade de vida aos portadores.
A promoção da qualidade de vida do paciente com espondilite anquilosante, como em outras doenças reumáticas crônicas baseia-se tradicionalmente, no tratamento medicamentoso e fisioterápico. Contudo, percebe-se na prática, que uma intervenção psicológica de suporte à doença se faz necessária para a recuperação e sucesso terapêutico, tendo em vista os comportamentos de dor e as limitações físicas e sociais do paciente. No entanto, há poucas pesquisas brasileiras envolvendo pacientes com espondilite anquilosante e seus aspectos emocionais; o que se nota é uma literatura essencialmente enfocada nos aspectos patológicos e socioeconômicos da doença.
Esta nova forma de pensar o tratamento contribui para alterar a compreensão da relação saúde/doença, no sentido de ter uma visão mais vasta e pluridisciplinar. E é nesta área de investigação e intervenção que surge a Psicologia da Saúde, que se dedica essencialmente a trabalhar a promoção e a educação da saúde e a prevenção da doença. É no aspecto emocional do paciente portador de espondilite anquilosante que se evidencia o papel do Psicólogo que trabalha em contexto hospitalar e clínico, especifi camente na área da reumatologia.
O corpo do portador de Espondilite Anquilosante enfrenta uma série de ameaças e dificuldades que podem se agravar ao longo do decurso da doença, como, por exempo, a dor crônica e a rigidez articular, principalmente da coluna. A perda da capacidade de trabalho, o risco de desemprego e a dependência em situações rotineiras familiares como higiene pessoal, alimentação e transporte, geram ansiedade e depressão como uma reação de adaptação à doença. Desta forma, a reação vivencial de sofrimento, fraqueza e inferioridade, natural e compreensível, é comum nos espondilíticos.
Todos estes problemas causados pela doença obrigam a pessoa a fazer várias alterações na sua vida e a criar alternativas como reação de adaptação à doença, o que produz não só um grande impacto na forma como ela percebe a sua doença, como também uma grande probabilidade do aparecimento de alterações emocionais, que infl uenciam de forma decisiva em todo o seu comportamento.
Fonte: Manual do Portador de Espondilite Anquilosante da Edumed
Oi Priscila,
eu gostei muito desse artigo, casa muito bem com duas postagens que tenho em meu blog.
Eu tenho sempre pensado em como viver bem e feliz com tudo, mesmo com esse diagnóstico de EA.
Acho que o psicológico pode e é um grande aliado como uma grande ameaça em toda e qualquer situação, entretanto é muito importante, na minha condição, para os espondilíacos.
Gostei muito da matéria e parabéns pelo cuidado.
Tenho diagnóstico de EA. O que foi bem complicado para descobrirem a doença, só depois de passar por uma artrodese lombar/sacroilica e não tenho sucesso no alívio da dor, foi que me passaram para um reumato e aí graças a Deus, tive melhoras significantes.
Hoje tenho acompanhamento com uma excelente psicóloga ou melhor. “Um anjo” Dra Elis, tem me a ajudado a me sentir ainda uma pessoa de verdade, falo isso porque antes dela eu me sentia péssimo .
Agora estou seguindo em frente e creio que se todos os espodilíacos concilirem os tratamentos com os dois especialistas psicólogo e reumatologista .
Os resultados seram surpreendentes.
Olá Gell, fico muito feliz que o conteúdo das matérias estejam ajudando você. Nossa intenção é essa. Auxiliar e levar informação de qualidade e com procedência. Um abraço.