Aos 85 anos de idade, o Papa Francisco tem feito aparições públicas em cadeira de rodas. O motivo é um problema no joelho direito. O papa sofre de osteoartrite de joelho, também chamada de osteoartrose ou artrose, condição que atinge só no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas.
“A osteoartrite de joelho é uma doença de caráter inflamatório e degenerativo. Ela provoca a destruição da cartilagem articular, levando à deformidade da articulação e causa dor e dificuldade para andar”, explica o ortopedista Victor Marques de Oliveira, presidente da SBCJ (Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho), entidade que representa mais de dois mil especialistas no País.
Embora mais comum no idoso, principalmente naqueles acima dos 60 anos, a doença também pode ocorrer de forma precoce por algum processo degenerativo natural, como doenças inflamatórias ou infecciosas que destroem a estrutura cartilaginosa, ou por traumas no joelho envolvendo a cartilagem. A causa do processo degenerativo, segundo o médico, é complexa.
“Não só o envelhecimento, mas a obesidade, o sedentarismo, o desalinhamento das pernas, as doenças metabólicas como colesterol alto, entre outros, são vilões da osteoartrite”, acrescenta o especialista. As mulheres as mais suscetíveis à osteoartrite devido à diminuição do hormônio estrógeno após a menopausa.
Assim como no caso do papa Francisco, a dor e a dificuldade de locomoção tiram a autonomia e a qualidade de vida de quem tem artrose grave. Por isso, cada vez mais surgem alternativas de tratamento que buscam aliviar os sintomas. Entre elas estão uso de medicamentos, tratamentos, uso de fisioterapia e – principalmente – mudança de hábitos, que inclui perda de peso e atividade física de baixo impacto.
Tratamento para a artrose de joelho
Como a doença é progressiva, essas são medidas para aliviar os sintomas. Quando essas medidas não trazem os resultados esperados e o paciente tem artrose grave, a cirurgia de prótese de joelho, conhecida como artroplastia total, é indicada. Para chegar na recomendação para cirurgia, no entanto, o paciente já sente dores inclusive em repouso, possui deformidade na perna e é incapaz de andar e realizar as tarefas da vida diária sozinho.
O procedimento cirúrgico consiste na substituição da articulação por um implante, que permite que o paciente não tenha o joelho com dor ou deformidade. No Brasil, assim como em outros país, já se usa inclusive o auxílio de robôs nesse tipo de cirurgia.
O tempo para voltar às atividades normais varia de pessoa para pessoa, mas geralmente o paciente já sai andando do hospital e, com uma reabilitação adequada, dentro de poucos meses volta à sua rotina habitual, incluindo a prática de atividade física.
Fonte: Assessoria de Imprensa