UAT 106 – Diálise Peritoneal Automática (DPA)
Os diretores aprovara a inclusão no rol de coberturas da ANS, o uso da Diálise Peritoneal Automática, uma opção de terapia renal substitutiva. A justificativa para incorporar a tecnologia foi que pesar de certas limitações metodológicas, as evidências sugerem vantagens da DPA sobre a Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, incluindo menor taxa de peritonite e hospitalização, menor risco de mortalidade e melhor qualidade de vida. Além disso, sua disponibilização poderá resultar em economia para o sistema de saúde.
UAT 111 – Tomografia de Coerência Óptica Coronariana (OCT)
Na ocasião, os diretores mantiveram a recomendação de não incorporação no rol da ANS da Tomografia de Coerência Óptica Coronariana (OCT), para avaliar doenças e intervenções nas artérias coronárias, particularmente para prevenir AVCs em pacientes com fibrilação atrial não valvar que não podem usar anticoagulantes orais. A decisão baseou-se na limitada evidência científica que sugere a não inferioridade da OCT em comparação ao ultrassom intravascular, apesar de ensaios clínicos e revisões sistemáticas. A imprecisão dos dados e a incerteza sobre os efeitos nos principais desfechos clínicos foram motivos de preocupação. Além disso, estima-se um custo anual de R$ 892 mil para tratar uma média de 5.457 pacientes.
UAT 115 – Fechamento Percutâneo do Apêndice Atrial Esquerdo (FAAE)
Também foi recomendada a não inclusão no rol do Fechamento Percutâneo do Apêndice Atrial Esquerdo. A justificativa para a decisão foi que apesar das revisões sistemáticas sugerirem eficácia e segurança comparáveis ou superiores aos anticoagulantes orais na prevenção de AVCs, carecem de estudos específicos para a população-alvo com contraindicação ou falha aos anticoagulantes orais. As incertezas também se estendem aos critérios de elegibilidade para o procedimento e ao impacto orçamentário, estimado entre R$ 35,7 milhões e R$ 138,4 milhões anuais, dependendo da taxa de adoção.