Os especialistas concordam que é preciso que o organismo aprenda a criar mecanismos para reagir as causas do problema, e não há como tratar uma pessoa que sofre com as principais dores ortopédicas sem ir a fundo na reeducação postural e também de hábitos.
Cadu revela que ao se abaixar para pegar algo no chão, ao se sentar, ao manusear o computador e o celular, treinar, caminhar e até carregar a bolsa deve ser feito com percepção. “Quando uma pessoa aprende sobre seu corpo o auto cuidado nasce naturalmente, e os hábitos errados vão sendo corrigidos”, diz.
Para o especialista, o tratamento também deve ser feito de maneira a ensinar o corpo a se movimentar depois de tratada a lesão. “As dores crônicas podem demorar a aparecer, mas, de dores sazonais, tornam-se crônicas rapidinho pela sobrecarga nas vértebras que podem ocasionar um problema bem maior. Por isso, para reverter esse quadro, Cadu aposta em alguns exercícios importantes de alongamento e alinhamento postural”, afirma.
Pescoço, ombros, braços e costas são sempre os primeiros a serem afetados pelas dores crônicas. “Os ombros sofrem os primeiros sinais do excesso de peso que sobrecarrega a musculatura e as articulações da região, causando processos inflamatórios e, em casos mais graves, até artrose, diz.
Com a postura incorreta, os músculos do pescoço ficam tensos e doloridos e esse incômodo pode se estender para outras regiões, como a cabeça e promover até a cefaleia tensional. “Essa dor ainda pode irradiar para os braços e punho porque quando o peso da bolsa comprime esses nervos, gera desde inflamações até dormência e formigamentos. E por fim, as costas é acometida porque um dos lados é mais exigido”, afirma.
Alguns exercícios de manipulação e alongamento podem ajudar, além de compressas frias ou quentes – dependendo da lesão e da dor. “A bolsa quente relaxa a musculatura, já os quadros mais agudos são tratados com gelo. Mas essa decisão só pode ser tomada por um especialista, nunca em casa”, alerta Cadu.
Exemplos de exercícios que podem ser feitos
Aperto de mãos em si mesmo
Em pé, junte as mãos atrás do corpo, como se estivesse fazendo um aperto de mãos em si mesmo e com as mãos ainda unidas, puxe os ombros para trás sem mover o pescoço. Os ombros devem ser puxados até o peito se abrir e sentir o estiramento dos músculos. Essa posição deve ser realizada por 30 segundos.
Escápulas
Sentado, tente unir as escápulas o máximo que puder (que são aqueles ossos das costas que ficam atrás dos ombros) como se estivesse tentando segurar algo bem pequeno entre elas. Enquanto elas flexionam, os ombros devem se mover para baixo, em relação às orelhas.
Esse exercício pode ser feito por 10 segundos e repetido 10 vezes diariamente.
Alongamento deitado
Sem desculpas, esse exercício dá para fazer manhã, ao acordar, ou à noite, antes de dormir.
Deite com as costas na cama e os pés no chão. Nessa posição, os joelhos devem estar flexionados e para cima. Enquanto isso, os braços devem ficar estendidos longe do corpo, com as palmas das mãos para cima.
Deixe sentir um leve alongamento nas costas e nos ombros por cerca de 10 minutos.
Sobre Cadu Ramos – Fisioterapeuta clínico – CREFITO 130030. Especialista em Fisioterapia e Traumatologia – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório – Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria – trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo. http://www.caduramos.com.br
Fonte: Assessoria de imprensa.