Ao longo da vida, é provável que a maioria das pessoas sintam dor nas costas após permanecer longos períodos em má postura, sobrecarga na região ou estresse, porém o problema pode estar relacionado a outro importante órgão do corpo humano, o rim, e, por isso, a dor localizada nesta região merece atenção.
Os rins são dois órgãos que ficam posicionados próximos à coluna vertebral e que medem cerca de 10 centímetros. Por conta dessa aproximação, às vezes, as dores podem se confundir, não sendo possível saber de início qual é a origem do incômodo, rins ou coluna.
Segundo o Dr. André Evaristo, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, “Para identificar de modo preciso a causa do problema, são necessárias avaliações físicas e exames de imagem, como ressonância magnética, que auxiliam o médico na condução do tratamento mais adequado”, revela o especialista.
Como diferenciar as dores
Lombalgia é o nome que se dá para a dor nas costas localizada na lombar, região próxima aos rins e que afeta jovens e adultos. Seus principais sintomas são: dor local ou irradiada para membros inferiores. Ela pode ser aguda: tem duração de até 3 meses, crônica mais de 3 meses. Pode ser intensa ou fraca, ser contínua ou esporádica, às vezes é em queimação, cólica ou sensação de aperto.
Já a dor nos rins podem indicar diferentes problemas de saúde como: infecções, alterações no funcionamento do próprio órgão, cistos ou pedras, traumas, câncer entre outros. É comum que as dores nos rins ocorram abaixo da caixa torácica em um ou nos dois lados da coluna vertebral, sendo mais comum próximo a coluna lombar. Já a dor nas costas pode afetar qualquer parte da coluna (cervical, torácica, lombar), sendo mais comum na região lombar.
A dor lombar pode ser classificada como leve ou grave, sendo caracterizada por pontadas, irradiação ou queimação. A dor nos rins é mais aguda, surge repentinamente e precisa de necessidade de atendimento urgente quando se trata de pedra nos rins. Caracteristicamente e de forma importante, a dor renal tende a ser em “cólica” e de forte intensidade, incapacitando o indivíduo enquanto durar o quadro álgico.
“As dores não surgem ‘do nada’. Em especial, um problema de saúde pode provocar dor aguda, como hérnia de disco, protrusão, abaulamento ou uma doença pélvica. Se houver demora em resolver o problema, a dor passa a ser mais constante e danifica o sistema nervoso. E quando a causa é tratada e a dor permanece, ela deixa de ser um sintoma para se tornar uma causa, o que chamamos de dor crônica complexa e intratável”, finaliza o cirurgião de coluna.
Fonte: Assessoria de Imprensa