A dor nas costas é um problema que afeta muita gente. Isto porque, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população já teve ou vai ter esse problema ao longo da vida. Porém, o que pode começar com apenas um incômodo na rotina, também pode ser um sinal de doenças crônicas, como as espondiloartrites, inflamações na coluna, ligamentos e tendões, com destaque para espondilite (uma síndrome que chama atenção pela dor na lombar).
E é exatamente a falsa sensação de normalidade desse desconforto a principal inimiga do diagnóstico, pois muitas vezes o paciente deixa de procurar ajuda médica, mesmo com a presença de sintomas, que claramente afetam o bem-estar. “Essa dor é inflamatória, ela piora quando a pessoa faz repouso, ou seja, quando deita à noite, ou então fica muito tempo parada, em uma única posição. Além disso, quando o paciente vai iniciar um movimento, ele sente uma rigidez, fica muito duro, travado”, explicou a reumatologista Fernanda Gomes Chaer.
A espondilite normalmente afeta os jovens adultos com menos de 40 anos, sendo caracterizada como uma doença que afeta a lombar, mas também pode comprometer a saúde da coluna cervical e torácica. Além presença intensa da dor na coluna, que não é normal, também é uma síndrome que pode causar a manifestação de outros sintomas, como vermelhidão nos olhos, episódios de problemas no intestino, inchaço nas mãos, joelhos e tornozelos; e também psoríase, doença que costuma causar lesões na pele.
Portanto, diante do conjunto diverso de sinais que podem aparecer de forma isolada ou no mesmo período, o diagnóstico da espondilite deve ser feito por um reumatologista para evitar que o pior aconteça — no caso, a calcificação da coluna e uma vida marcada por dor intensa, crônica.
De acordo com a médica reumatologista Natália Spolidoro, quanto mais cedo a doença for detectada, melhor será o dia a dia do paciente. “A dor é o sinal de alerta para mostrar que algo não está caminhando bem e a gente deve investigar isso”, observou.
Feito o diagnóstico com o especialista, o tratamento da espondilite é realizado com medicamentos e indicação de atividade física, combinação que pode devolver qualidade de vida para o paciente.
E é justamente com objetivo de alertar a população sobre dores anormais que as reumatologistas entrevistadas nesta matéria, Natália Spolidoro e Fernanda Gomes Chaer, participarão de uma live especial, organizada pelo Grupo Tribuna, sobre os detalhes da espondilite, com mediação de Vanessa Martins, na próxima terça-feira (17), às 19h30.
O evento abordará os sintomas, o diagnóstico e tratamento da doença, com transmissão no Facebook do Grupo Tribuna e YouTube do Jornal A Tribuna.
Fonte: Jornal A Tribuna.