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      Doença de Fabry: avanços no tratamento e desafios no acesso pelo SUS e saúde suplementar

      Condição rara, progressiva e genética, afeta múltiplos órgãos e exige diagnóstico precoce, terapias específicas e acolhimento integral aos pacientes

      por Priscila Torres
      novembro 14, 2025
      em Atualidades, Conitec, Direitos dos Pacientes Reumáticos, Nossos Direitos, Noticias, Participação Social, Plano de Saúde, SUS - Sistema Único de Saúde
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      A Doença de Fabry é uma enfermidade rara e hereditária causada por mutações no gene GLA, responsável pela produção da enzima alfa-galactosidase A. A deficiência dessa enzima leva ao acúmulo de substâncias gordurosas (glicoesfingolipídios) nas células, comprometendo o funcionamento de órgãos como rins, coração, sistema nervoso e pele. É uma condição ligada ao cromossomo X, o que faz com que homens sejam, em geral, mais afetados, embora mulheres também possam manifestar a doença.

      Os sintomas da Doença de Fabry costumam aparecer desde a infância ou adolescência, mas frequentemente são confundidos com outras condições. Entre os principais sinais estão dor em queimação nas mãos e pés, lesões avermelhadas na pele (angioqueratomas), intolerância ao calor, tontura, problemas gastrointestinais e alterações na córnea. Com o tempo, podem surgir complicações renais, cardíacas e neurológicas, como insuficiência renal, arritmias, infartos ou acidentes vasculares cerebrais.

      Essas manifestações, muitas vezes invisíveis, impactam fortemente a qualidade de vida dos pacientes, que enfrentam dor crônica, cansaço extremo e dificuldades em atividades cotidianas.

      A jornada do paciente costuma ser muito longa com consultas a múltiplos especialistas e realização de dezenas de exames até que o diagnóstico final seja alcançado. De maneira geral, o profissional de entrada é o pediatra ou o clínico geral, cuja formação médica é enfatizada em doenças de ocorrência mais frequente na população. Muitos profissionais nunca sequer foram apresentados ao diagnóstico de doenças raras, o que tira esses diagnósticos do horizonte de possibilidades. 

      Segundo a cardiologista e ecocardiografiata da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e membro do Grupo de Estudos de Doenças raras da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dra Sandra Marques e Silva, “não se trata de má formação médica, mas apenas de um panorama de saúde em que grandes desafios ainda são enfrentados no sentido de se combater doenças mais prevalentes. Sem falar que é nos detalhes que estão as dicas clínicas para o diagnóstico: uma dor que não responde à analgesia comum, alterações gastrointestinais descontroladas e crônicas, arritmias cardíacas incomuns para pessoas teoricamente saudáveis”, alerta.

      Frente a isto, cabe ao especialista o diagnóstico final do quadro, o que depende da realização de testes genéticos que não existem no Sistema Único de Saúde (SUS) ou mesmo na saúde suplementar, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. 

      Diagnóstico ainda é um desafio

      O diagnóstico depende da dosagem da enzima alfa-galactosidase A no sangue e da confirmação genética. No entanto, a falta de conhecimento sobre a doença leva a atrasos que podem ultrapassar dez anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico definitivo. Quanto mais cedo for identificado o problema, maiores são as chances de prevenir lesões irreversíveis nos órgãos.

      Segundo a cardiologista e ecocardiografista, Dra. Sandra Marques e Silva, os sintomas da doença de Fabry, na sua forma clássica, começam na infância com dores articulares e nas extremidades do corpo, intolerância a extremos de temperatura, zumbidos no ouvido, lesões de pele ditas angioqueratomas, fadiga, alterações digestivas com períodos de diarreia intercalados com constipação, alterações de visão, entre outros. “Isto faz com que a criança seja chamada de ‘manhosa’ e não seja capaz de brincar como uma criança comum”, destaca.

      A especificação “clássica” da doença de Fabry é relevante, pois há formas atípicas ou variantes menos graves. O escopo da DUT se refere à forma clássica. Como se trata de direito garantido via Rol da ANS, ainda podem existir requisitos de elegibilidade clínica ou diretrizes médicas adicionais, por isso a importância de conferir se o plano ou prestador exige protocolo interno, laudo ou se está sujeito a prazos de autorização.

      “Existe ainda a forma não clássica da doença, de manifestação na vida adulta e cujos sintomas podem ser evolução dos anteriormente citados, associados a manifestações graves de doença cardíaca, renal e do sistema nervoso central, que, se não tratadas, evoluem para falência do órgão e necessidade de intervenções que podem incluir transplante do órgão, marcapasso e desfibrilador cardíaco”, alerta Dra. Sandra.

      A forma não clássica da Doença de Fabry, também chamada de variante ou tardia, caracteriza-se por uma manifestação mais branda e de início mais tardio em comparação à forma clássica. Nessa variante, há atividade residual da enzima alfa-galactosidase A, o que faz com que os sintomas apareçam geralmente na idade adulta e afetem de forma predominante um único órgão, como o coração (forma cardíaca) ou os rins (forma renal). Embora o curso da doença seja mais lento, ainda pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca ou renal, exigindo acompanhamento contínuo e tratamento específico para prevenir a progressão dos danos.

      Dra. Sandra acrescenta que, na fase em que os sintomas estão em investigação, além do sofrimento ser subestimado por pais e profissionais de saúde, ele pode ser confundido com sintomas de dor do crescimento, febre reumática ou mesmo artrite reumatoide, levando a retardos no diagnóstico. 

      Pela Resolução Normativa 581/2023 da ANS, publicada em 4/7/2023, (em vigor desde 12/7/2023, foi incluído no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar o procedimento vinculado à DUT 161, estabelecendo cobertura obrigatória do medicamento Alfagalsidase para tratamento da Doença de Fabry clássica em pacientes com 7 anos de idade ou mais. Posteriormente, a Resolução Normativa 599/2024 (26/2/2024) fez nova alteração, incluindo também o medicamento Beta‑agalsidase para a mesma condição em pacientes com 8 anos de idade ou mais. A cobertura aplica-se aos planos regulados pela ANS, uma vez que o procedimento passou a integrar o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. 

      Em âmbito do SUS (saúde pública) ou na rede privada sem regulação da ANS, a dinâmica pode variar. É sempre relevante atualizar-se para ver se há novas resoluções, atualizações de DUT ou mudança de dossiê, já que normativos evoluem com evidência, custo/técnico-econômico e políticas de incorporação, como o exemplo da inclusão de Beta-agalsidase via RN 599/2024.

      A última atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Fabry (PCDT-DF) foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) via Portaria Conjunta SAES/SECTICS n.º 2, de 15 de janeiro de 2025, publicada em 23 de janeiro de 2025. A revisão incorporou novas evidências científicas, incluiu as terapias enzimáticas específicas, como a Alfagalsidase e a Beta‑agalsidase, para o tratamento da forma clássica da doença, revisou os critérios de inclusão/exclusão, o monitoramento clínico e os fluxos de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 

      Mesmo com o PCDT, o cenário não parece positivo, pois após uma espera de mais de 15 anos a incorporação do medicamento beta-algasidase no SUS e a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), uma situação alarmante se desenvolve nesse momento no Brasil. Os pacientes que utilizam o tratamento há mais de uma década agora enfrentam o risco de ruptura, justamente quando o medicamento foi finalmente incorporado ao SUS. Esta situação põe em risco anos de progresso no tratamento e ameaça a qualidade de vida de indivíduos que já enfrentam desafios significativos devido à sua condição rara.

      Em entrevista à Biored Brasil, a presidente da Associação Gaúcha de Fabry e Doenças Graves (AGF), Adriana Slongo, fala da falta do SIGTAP (sistema de gerenciamento da tabela de procedimentos,medicamentos e OPM do SUS). Sem esse código fica impossível preencher a LME (laudo de avaliação e autorização de medicamento do componente especializado da assistência Farmacêutica do SUS) para o medicamento beta-alfagalsidase. 

      “Apenas o alfa-algasidase está disponível, mas os medicamentos não são intercambiáveis, segundo o próprio protocolo que cita a não existência na literatura de recomendações uniformes sobre a troca (intercambialidade) de enzimas”, destaca. Ela complementa que os riscos na interrupção do tratamento “podem levar à consequências irreversíveis para pacientes já em condição de saúde delicada”.

      Diante da grave situação, a Associação Gaúcha de Fabry e Doenças Graves enviou um ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, solicitando a inclusão dos referidos códigos os mais breve possível, evitando assim, o sofrimento de muitas pessoas com a doença de Fabry e que necessitam da medicação que já estão usando sem reações e com significativa melhora na qualidade de vida. Estima-se que 50% dos pacientes com a doença de Fabry no Brasil dependem do beta-algasidase.

      Outra tecnologia disponível, a migalastat, é uma terapia oral conhecida como “chaperona farmacológica”, indicada apenas para mutações específicas. No entanto, se o medicamento tivesse sido incorporado, evitaria as filas de espera nos centros de infusão para Doença de Fabry, onde geralmente, são hospitais, clínicas ou centros especializados que realizam a Terapia de Reposição Enzimática (TRE) por via intravenosa. 

      Em 2025, o Ministério da Saúde decidiu não incorporar o medicamento ao SUS, considerando o custo e a evidência clínica disponível. Em paralelo, novos estudos avançam com terapias gênicas e versões aprimoradas de enzimas, como a pegunigalsidase alfa, que prometem reduzir a frequência de infusões e melhorar a resposta ao tratamento.

      A presidente da AGF conta que “quando conseguimos um espaço nos centros de infusão e hospitais, dependemos do cronograma deles, aí a medicação falta por meses, pois não tem como segurar a vaga. Aí quando a medicação chega, temos que ajustar tudo de novo”, lamenta.

      O tratamento da Doença de Fabry não é curativo, mas busca controlar a progressão e aliviar sintomas. A principal forma de terapia é a reposição enzimática (TRE), feita com infusões periódicas das enzimas recombinantes agalsidase alfa e agalsidase beta, que substituem parcialmente a enzima ausente. O SUS incorporou ambas as terapias, garantindo acesso gratuito aos pacientes que se enquadram nos critérios clínicos do protocolo.

      Acesso e cobertura na saúde suplementar

      Na saúde suplementar, o acesso ao tratamento depende do contrato do plano e das diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O diálogo entre operadoras, médicos e pacientes é essencial para ampliar o acesso, reduzir desigualdades e assegurar o direito ao tratamento.

      Apesar dos avanços terapêuticos, os desafios permanecem grandes. O alto custo dos medicamentos, a carência de centros de referência em doenças raras e o diagnóstico tardio dificultam o cuidado integral. Investimentos em testagem genética, capacitação profissional e políticas de acesso são fundamentais para mudar esse cenário. Estima-se que nem 1% das pessoas com a doença de Fabry possuem planos de saúde, ou seja, o tratamento é majoritariamente feito no SUS.

      Conviver com uma doença rara como a de Fabry é enfrentar não apenas os desafios físicos, mas também os emocionais. Muitos pacientes relatam sentimentos de solidão e incompreensão, especialmente diante das limitações impostas pela doença e das dificuldades de acesso ao tratamento. Por isso, mais do que terapias medicamentosas, o cuidado integral com as pessoas com Fabry exige empatia, acolhimento e políticas públicas que garantam dignidade, visibilidade e esperança para todos os que convivem com essa condição.

      O presidente da Associação dos Pacientes com Doenças Raras (ACEPDRE), Emanoel Nasareno Menezes Costa, explica que em março de 2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da tecnologia “Beta-agalsidase” para tratar a doença de Fabry clássica com ampliação de uso do medicamento para pacientes a partir de 7 anos de idade, por meio da atualização da diretriz de utilização (DUT) 161 do procedimento “Terapia para doença de Fabry clássica (com diretriz de utilização).

      “Como toda doença rara, existe um hiato muito grande entre o diagnóstico e o acesso ao tratamento, especificamente o nosso caso de acolhimento dos pacientes com a doença de Fabry, muitos deles desde a do ano 2012 fazem uso da medicação por meio de demanda judicial, onde o diagnóstico passou cerca de quatro a cinco anos para ser efetivamente comprovativo”, destacou Emanoel.

      A incorporação segue a Lei 14.307/2022, que determina que, após a recomendação positiva pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS), as tecnologias devem ser incluídas no Rol da Agência. Assim, elas passam a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar, de acordo com suas diretrizes de utilização.

      Linha do cuidado: do território ao serviço de referência

      A linha de cuidado integral para pacientes com doença de Fabry deve articular ações desde o diagnóstico precoce até o acompanhamento contínuo, garantindo acesso ao tratamento especializado, como a reposição enzimática ou terapias alternativas, além de suporte multiprofissional. Isso inclui a integração entre atenção primária, serviços de referência e centros especializados, com protocolos definidos para exames genéticos, monitoramento de órgãos acometidos (como rins, coração e sistema nervoso) e apoio psicossocial. O objetivo é oferecer um cuidado humanizado, contínuo e coordenado, que reduza complicações, melhore a qualidade de vida e fortaleça a autonomia do paciente e de sua família.

      De acordo com Emanoel Costa, presidente da ACEPDRE, “o acesso aos pacientes ao tratamento multidisciplinar muitas vezes se torna penoso, posto que nem sempre a rede de Saúde está preparada para atender aos pacientes. É comum que a qualificação seja realizada por meio de eventos realizados pelas próprias associações de pacientes, federação de associações, conselhos de saúde e a própria indústria farmacêutica”, explicou.

      Emanoel complementa ainda dizendo que “muitas vezes o primeiro contato com os pacientes se dá por meio dos agentes comunitários de saúde, alguém pertencente à comunidade ou ao bairro, o que revela a confiança do paciente com este profissional”. 

      Conviver com uma doença rara, como a de Fabry, é enfrentar não apenas os desafios físicos, mas também os emocionais. Muitos pacientes relatam sentimentos de solidão e incompreensão, especialmente diante das limitações impostas pela doença e das dificuldades de acesso ao tratamento. O cotidiano marcado por consultas, infusões e incertezas pode gerar frustração. Por isso, mais do que terapias medicamentosas, o cuidado integral com as pessoas com Fabry exige empatia, acolhimento e políticas públicas que garantam dignidade, visibilidade e esperança para todos os que convivem com essa condição.

      Evite desinformação: onde consultar

      • PCDT Doença de Fabry (MS/Conitec, 2025) – documento oficial com critérios diagnósticos, terapêuticos e de seguimento. Serviços e Informações do Brasil
      • Relatórios Conitec sobre beta-agalsidase e migalastate – histórico das decisões de incorporação ao SUS. Serviços e Informações do Brasil+2Serviços e Informações do Brasil+2

      Cris Cirino

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      Priscila Torres

      Jornalista, motivada pelo diagnóstico de artrite reumatoide aos 26 anos, “Patient Advocacy”, Arthritis Consumer, presidente do Grupo EncontrAR, vice-presidente do Grupar-RP, idealizadora dos Blogueiros da Saúde, eterna mobilizadora social em prol da qualidade de vida das pessoas com doenças crônicas no Brasil.

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