Consenso 2017 da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o tratamento da artrite reumatoide
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) anunciou nesta quinta-feira, (14/09), durante o 34º Congresso Brasileiro de Reumatologia, em Florianópolis, as diretrizes de tratamento para Artrite Reumatoide (AR), que inclui princípios básicos de conduta, recomendações técnicas para que os médicos possam tomar as melhores decisões baseadas em evidencias e atualiza o arsenal terapêutico, tendo em vista o controle intensivo da doença, considerando eficácia, segurança e custo.
Os princípios básicos foram divididos em quatro e o primeiro aponta que o paciente com AR deve, preferencialmente, ter uma abordagem multidisciplinar com olhar integral, coordenada por um médico reumatologista. O segundo inclui orientações sobre hábitos de vida, controle rigoroso das comorbidades e atualização do cartão de vacinas. Em terceiro, o tratamento do paciente com AR deve ser baseado em decisões compartilhadas entre médico e paciente, após os esclarecimentos sobre a sua enfermidade e opções terapêuticas disponíveis. Por fim, a meta do tratamento do paciente com AR é o estado persistente de remissão clínica ou, quando não for possível, a baixa atividade da doença.
“O propósito é estabelecer diretrizes consensuais para o tratamento da AR no Brasil e embasar os reumatologistas com as evidências obtidas na literatura médica e na experiência de uma comissão de especialistas no assunto, considerando o contexto socioeconômico brasileiro e mantendo a autonomia do médico na indicação e escolha das alternativas terapêuticas disponíveis”, afirma Georges Christopoulos, presidente da SBR.
Atividades
No segundo dia do Congresso, destaque para o norte-americano Michael MccLung, que tratou sobre Osteoporose, o que há de novo em 2017. Criador da ferramenta Frax, que calcula a chance de risco de fratura em pacientes, o médico relatou da importância do controle da doença tendo em vista que quando o paciente não é encaminhado para tratamento, aumenta a probabilidade de uma nova fratura e até mesmo risco de morte. Outro assunto de grande repercussão foi tratado pelo médico israelense Yehuda Shoenfeld, que abordou sobre a Vitamina D e a Autoimunidade. A mesa redonda Doenças Reumáticas e Desafios Obstétricos foi outro momento que chamou a atenção dos participantes.
Para a sexta-feira, um dos destaques será a participação do médico austríaco Joseph Smolen, que vai tratar sobre Artrite Reumatoide em 2017, o que há de novo. À tarde ele participa de uma mesa redonda que trata sobre as necessidades não atendidas nos casos de AR. Outro debate de destaque será a palestra Com qual tipo de lúpus estamos lidando?, que será proferida pelo canadense Murray Urowitz.
O Congresso Brasileiro de Reumatologia encerra no sábado.