O desabastecimento de medicamentos no Brasil “se agrava”, de acordo com entidades médicas brasileiras. Ocitocina, amicacina, atropina, neostigmina e dipirona, analgésico anti-inflamatório, estão entre os remédios em falta nos estabelecimentos hospitalares do país, segundo as instituições.
No início desta semana, pelo menos seis entidades enviaram um ofício ao Ministério da Saúde, endereçado ao ministro Marcelo Queiroga, que alerta sobre a escassez dos medicamentos no país e pedem que medidas sejam tomadas.
Em nota, a pasta informou que trabalha em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidades municipais e estaduais e indústrias farmacêuticas para apurar as causas e tomar ações emergenciais para resolver o desabastecimento.
As instituições que pedem auxílio ao Ministério da Saúde são: Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) e Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) também se manifestou sobre a falta de medicamento no Brasil. “Estamos em contato com os gestores municipais e, de acordo com os monitoramentos realizados periodicamente, o cenário de desabastecimento se agrava, já sendo percebido nos serviços da Atenção Básica”, disse o comunicado divulgado na quarta-feira (8).
Ainda de acordo com o Conasems, o desabastecimento de medicamentos de “alta essencialidade” leva à desassistência de grande parte da população brasileira, principalmente aqueles que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS).
À CNN, nesta quarta-feira (8), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) também confirmou a escassez de medicamentos nos estabelecimentos hospitalares do país. A entidade afirmou que pediu explicações às autoridades responsáveis e “continua monitorando a situação junto às secretarias estaduais de saúde”.