O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) oficiou o Instituto Adolfo Lutz ao Ministério Público e à Secretaria de Estado de Saúde, no último dia 10 de de abril
Durante fiscalização, realizada pelo Conselho na tarde de ontem, foram encontrados indícios de irregularidades em relação ao acondicionamento das amostras para testes de covid-19. Cerca de 20 mil amostras in natura estavam em geladeiras indicadas para a conservação desse tipo de amostras por até 72 horas.
Com um número tão alto e capacidade atual para processar 1,4 mil testes diários, a maior parte deste material estaria fora dos padrões de qualidade e confiabilidade para a realização dos testes, de acordo com protocolos e procedimentos internos da própria instituição.
Na vistoria, entre outras constatações de irregularidades, o Instituto também não demonstrou como realiza o sistema de priorização de exames, conforme determinação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para casos graves como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos.
Além de acionar o Ministério Público, o Cremesp abriu sindicância para investigar as responsabilidades dos médicos e gestores do instituto.
Linha direta
O Cremesp criou canais de denúncia, exclusivos para o período de pandemia de covid-19, que são avaliadas por fiscalizações. Nestes canais, médicos e profissionais de saúde podem relatar falta de insumos, EPIs ou irregularidades em seu ambiente de trabalho, entre outras.
Desde o registro do primeiro caso de covid-19 em São Paulo, já foram recebidas mais de 300 denúncias, de diversos municípios de São Paulo, incluindo a capital.
O Cremesp reitera que é importante que os profissionais de saúde estejam atentos e relatem as irregularidades. As denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais do Cremesp: 11 98286-3722 (whatsapp) e covid-19@cremesp.org.br. Outras orientações aos médicos sobre covid-19 estão disponíveis no hotsite covid-19@cremesp.org.br (sem www).
Fonte: Assessoria de imprensa Cremesp.