O Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram no dia 18 de novembro uma carta conjunta condenando a circulação de informações falsas sobre a vacina contra a covid-19.
O documento critica a atuação de profissionais que vêm difundindo, nas redes sociais, a inexistente “síndrome pós-spike”, apresentada de forma enganosa como um suposto efeito adverso dos imunizantes.
As instituições afirmam que a tese não tem qualquer respaldo científico nem reconhecimento de órgãos reguladores nacionais ou internacionais. “Essa doença não existe. Anvisa, OMS, FDA e EMA não reconhecem nem validam essa alegação”, destaca o texto.
No comunicado, o Ministério da Saúde afirma que o país não vive mais um cenário de tolerância ao negacionismo e anuncia que, em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), adotará medidas judiciais contra profissionais que insistem em propagar desinformação e lucrar com ela. “É o negacionismo aliado à ganância”, diz o documento.
A carta lamenta que a falsa síndrome esteja sendo utilizada como estratégia comercial. Segundo o texto, alguns profissionais têm explorado o medo da população para vender cursos, consultas e tratamentos sem eficácia comprovada. “Inventar uma doença para obter lucro é uma violação ética grave, enfraquece campanhas de vacinação e coloca em risco principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas”, alertam as entidades.
O documento também reforça que o exercício da medicina é regido por normas rígidas. O Código de Ética Médica veta a promoção de terapias sem evidência científica, o uso de linguagem sensacionalista e a oferta de métodos sem comprovação para atrair pacientes. Quando esses limites são rompidos, afirmam as instituições, toda a sociedade fica vulnerável. “Vacinas protegem. O negacionismo mata. O país precisa reagir com firmeza.”
As entidades reiteram a segurança dos imunizantes contra a covid-19, lembrando que mais de 13 bilhões de doses foram aplicadas no mundo, acompanhadas de milhares de estudos que confirmam sua eficácia e baixo risco. “Isso é ciência. Isso é fato”, reforçam.





























