Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faixa da população brasileira que mais aumenta é a de pessoas idosas, com taxas de crescimento de mais de 4% ao ano para a década de 2012/2022. Isto representa um aumento médio de mais de 1 milhão de pessoas idosas por ano.[1] E o idoso brasileiro, como todos mundo afora, passa pela perda de funcionalidade, que está atrelada à baixa mobilidade física e à saúde muscular.
Isso ocorre pois, conforme a pessoa envelhece, é provável que sua capacidade funcional diminua, devido ao desenvolvimento de doenças ou limitações físicas, e, nesse caso, precisará do apoio de outra pessoa para realizar suas atividades diárias. Esta situação é conhecida como dependência funcional. Entende-se por capacidade funcional o ato de realizar atividades diárias consideradas importantes para si e para sua sobrevivência.[2]
“Fica claro que manter a funcionalidade na medida em que a expectativa de vida cresce significa muita coisa: autonomia, independência e qualidade de vida para viver mais plenamente. E isso tem muito a ver com a alimentação”, diz Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, empresa global de cuidados para a saúde e líder mundial em nutrição baseada em ciência.
A Abbott estuda o impacto da boa nutrição em nossa saúde, incluindo a importância de nutrientes e ingredientes como:
- Proteína e seu papel na saúde muscular.
- HMB (β-hidroxi-β-metilbutirato), ingrediente que atua junto com a proteína para manter e restaurar os músculos.
- Vitamina D, que também contribui para a absorção do cálcio, levando ao fortalecimento dos ossos.
Patrícia explica que a perda de massa muscular é algo natural e inerente ao processo de envelhecimento. Mas que, sem exercícios e uma alimentação adequada, o quadro evolui para degradação do músculo que, se não cuidada, causa a sarcopenia (perda da massa muscular e principalmente da força muscular).
Para se ter uma ideia, a partir dos 40 anos[3]–[4], o indivíduo já começa a perder 8% dessa massa a cada década, e aos 70 anos o quadro se acentua, atingindo índice de 15%.
“É justamente neste estágio da vida que o corpo necessita destes nutrientes especiais. Os adultos com mais de 40 anos podem nutrir o corpo com uma boa alimentação e, ao mesmo tempo, reduzir a perda muscular e fortalecer os ossos, para garantir um envelhecimento mais saudável e uma vida plena”, explica.
HMB – prevenção e tratamento
Pouco conhecido, o HMB (β-hidroxi-β-metilbutirato) é um composto vital para a saúde muscular que atua com a proteína para preservar as células do músculo, mesmo durante a perda da massa muscular. Mas como isso ocorre?
O HMB estimula a produção da proteína, que por sua vez ajuda o corpo a manter e restaurar a massa muscular. Ele vem demonstrando que ajuda os idosos a manter sua saúde muscular à medida em que envelhecem ou quando ficam doentes – ajudando inclusive a minimizar a perda muscular durante o repouso.[5]
O HMB também pode ser encontrado em alimentos como abacate, aspargo, frutas cítricas, couve-flor, entre outros. Estudos demonstram que 3 g de HMB por dia são benéficos à saúde do músculo. Porém, essa quantidade é extremamente difícil de ser obtida a partir de uma dieta normal, dadas às baixas quantidades de HMB disponíveis nos alimentos. Dessa forma, os suplementos contendo HMB podem ser considerados como uma opção, já que possuem uma quantidade eficaz desse componente. Neste sentido, vale ressaltar que estudos demonstram maior eficácia do HMB quando os suplementos nutricionais estão associados com alto teor proteico e calorias adequadas.
Segundo projeções, o Brasil caminha para que, em 2060, um terço da população tenha mais de 60 anos.6[6] Isso reforça a importância da prevenção e manutenção da saúde muscular para uma longevidade saudável, e a nutrição tem uma contribuição importante para o condicionamento físico e a resistência muscular, essenciais para uma vida ativa. “É um alerta para a saúde e longevidade da nossa população, que ruma rapidamente para a inversão da pirâmide etária”, conclui Patrícia.
Referências
[1] Ministério da Saúde – Boletim Temático Saúde do Idoso. Acessado em setembro/23. Disponível em Link
[2] Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) – Envelhecimento e atenção à dependência no Brasil. Acessado em setembro/23. Disponível em Link
[3] Grimby GB et al. Acta Physiol Scand. 1982;115:125
[4] Baier S et al. J Parenter Enteral Nutr. 2009;33:71-82.
[5] Deutz N et al. Clin. Nutr. 2013; 32: 704-712.
[6] Senado Federal – Agência Senado. País precisa se preparar para o envelhecimento, dizem debatedores. Acessado em setembro/23. Disponível em Link
Fonte: Assessoria de Imprensa