A primeira-dama Michelle Bolsonaro, de 37 anos, trocou suas próteses de silicone mamárias no início de janeiro. A primeira cirurgia foi realizada há mais 10 anos e por conta do longo período com o material em seu corpo, foi necessário que Michelle se submetesse a um novo procedimento para que uma nova prótese fosse colocada.
Um dos riscos mais comuns neste caso é a contratura capsular – endurecimento da prótese causado por uma reação natural do organismo, que pode acontecer entre os 5 a 20 anos após a cirurgia, além da possível ruptura das estruturas do silicone.
De acordo com o cirurgião plástico Victor Cutait, da Cutait Cirurgia Plástica, além dos seios, os implantes de silicone podem ser colocados nas nádegas ou em outras regiões do corpo para um aumento de volume. Porém, no caso do silicone nos seios, os objetivos de cada paciente podem ser distintos. “O procedimento pode ter objetivos diferentes: reconstrução, correção de assimetrias, aumento do volume das mamas, ou a melhoria das proporções do corpo.”
O especialista reforça que nos últimos anos, a segurança das próteses só aumentou: a tecnologia contribuiu com a qualidade da matéria-prima da fabricação do silicone – o maior avanço foi a criação de um gel de alta aderência, envolto por múltiplas camadas de elastômero com texturização, tornando o produto capaz de suportar grandes deformações e manipulações, evitando o rompimento.
Ainda assim, durante o processo de decisão de se submeter à cirurgia, muitas mulheres têm dúvidas sobre o produto a ser implantado, a respeito da adaptação pós cirurgia, quais os fatores necessários para a troca da prótese tais como o caso de Michelle Bolsonaro, entre outros questionamentos relacionados à saúde. Por isso, o Dr. Victor Cutait esclarece os principais mitos e verdades sobre o procedimento.
A amamentação é prejudicada por conta do silicone?
Mito. A prótese de silicone é colocada embaixo da mama ou embaixo do músculo, portanto, a glândula mamária, os ductos lactíferos e o bico do peito, que estruturam a amamentação, são preservados. A mulher vai produzir leite nas glândulas, os ductos e o bico do peito vão estar intactos e o bebê vai ser amamentado.
Os seios perdem a sensibilidade por conta da prótese de silicone?
Relativo. No momento da cirurgia, os nervos localizados nas laterais das mamas são preservados. Pode acontecer a perda temporária da sensibilidade e que na maioria absoluta dos casos volta ao normal em 6 meses, a não ser em casos de próteses muito grandes, que pode ter uma perda relativa da sensibilidade.
Existe o risco da prótese estourar?
Verdade. No entanto, as chances de ocorrer um rompimento no silicone são mínimas: cerca de 3 a 5% de chance do implante romper em 15 anos. As próteses atuais, porém, são mais seguras e com um gel bastante espesso, o que impede o risco de extravasamento e infiltração do produto, como acontecia com as próteses antigas de silicone líquido.
Existe uma idade mínima para operar?
Mito. As cirurgias de mama podem ser feitas a partir da maturação sexual, que acontece em média dois anos depois da primeira menstruação, quando o desenvolvimento mamário já está completo. Por outro lado, não há limite máximo de idade para a colocação do silicone, somente basta estar em boas condições de saúde.
É possível colocar o volume de silicone que a paciente quiser?
Mito. A escolha da prótese é feita de acordo com as proporções do corpo da paciente, como altura, tamanho do quadril e do tórax, buscando o equilíbrio estético.
É necessário que o médico saiba qual tipo de mudança a paciente deseja, e descobrir junto com ela a melhor opção.
A prótese tem prazo de validade?
Mito. É normal o silicone ter um desgaste natural, assim como qualquer outro material mas, nos dias de hoje, observamos a paciente ano a ano, e caso apareça alguma alteração, trocamos a prótese. Fora isso, a prótese pode permanecer a vida toda com a paciente.
É obrigatório o uso de sutiã após a cirurgia?
Verdade. No pós operatório, a paciente tem a sensação de que a mama está solta, já que foi colocada uma prótese embaixo dela. Como os tecidos ainda estão em fase de cicatrização, a recomendação do uso do sutiã é para dar firmeza e conforto, dando mais segurança para a paciente. Não precisa ser apertado para não ser doloroso, é suficiente que seja firme.
Fonte: Assessoria de imprensa.