Em Salvador (BA), durante o 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia reuniu especialistas para debater o cuidado integral de pessoas com psoríase e artrite psoriásica, com ênfase em diagnóstico precoce, manejo conjunto entre dermatologia e reumatologia e atualização das rotas terapêuticas. O encontro aconteceu no Centro de Convenções de Salvador e recebeu milhares de participantes, consolidando-se como um dos principais fóruns nacionais da especialidade.
A psoríase é uma doença inflamatória, crônica e imunomediada que afeta a pele e pode comprometer a qualidade de vida; no Brasil, a prevalência estimada é de 1,31% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O tema ganhou tração extra com a publicação do Novo Consenso Brasileiro de Psoríase, que atualizou o algoritmo terapêutico e metas de tratamento (como PASI 90 ou PASI absoluto < e detalhou condutas em situações especiais.
No eixo reumatológico, a mensagem central foi de vigilância ativa para artrite psoriásica (APs), forma articular da doença que pode surgir anos após as lesões de pele e levar a dor, rigidez e dano estrutural se não tratada. Conteúdos educativos da SBR e sociedades regionais destacam que até 30% das pessoas com psoríase podem desenvolver APs e que o cuidado multiprofissional é decisivo para melhores desfechos.
Sociedade Brasileira de Reumatologia
“A artrite psoriásica é uma forma de artrite que pode acometer articulações, tendões e a coluna dos pacientes com psoríase”, resume a reumatologista Dra. Sandra Watanabe, em texto de orientação ao público, reforçando a necessidade de atenção à dor, inchaço, enrijecimento matinal.
A pauta científica do congresso dialogou com esse cenário: sessões enfatizaram diagnóstico precoce, critérios classificatórios, uso racional de terapias sistêmicas e biológicos, além de discussão sobre acesso na saúde pública e suplementar. As diretrizes recentes da dermatologia brasileira lançadas no Consenso SBD 2024 foram apontadas como referência para alinhar metas de pele e articulação no cuidado compartilhado.
Por que isso importa para pacientes e serviços
- Sinais de alerta: dor articular, rigidez matinal e inchaço persistente em quem tem psoríase exigem avaliação reumatológica.
- Integração derma-reuma: fluxos assistenciais integrados reduzem o atraso diagnóstico e melhoram qualidade de vida.
- Metas claras: metas de pele (PASI 90 / PASI<3) e de articulação norteiam troca/otimização de terapia.
- Magnitude do problema: prevalência nacional (~1,31%) e risco de progressão articular justificam estratégias de rastreio e educação em saúde.
Cris Cirino





























