Cair e se machucar faz parte das brincadeiras da infância e da adolescência. Embora possam ser confundidos com traumas no início, dores e inchaços nas articulações que persistem e evoluem com rigidez de membros e dificuldades na movimentação não devem ser banalizados. Sintomas como esses são sinais de alerta para a artrite idiopática juvenil, uma das doenças que estiveram na pauta do Congresso da Liga Pan-Americana de Associações de Reumatologia (Panlar), durante a semana, na Cidade do Panamá.
— Ela tem aparecimento repentino e curso imprevisível. Não há nenhum hábito de vida que aumente o risco de desenvolvimento da artrite idiopática juvenil e não é possível preveni-la — explicou o reumatologista Clovis Artur Almeida da Silva, responsável pela Unidade de Reumatologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
Por isso, detectar o problema precocemente é essencial para que o prognóstico do tratamento seja bom.
— Em curto prazo, o objetivo é aliviar a dor, prevenir deformações e controlar a inflamação nas articulações. Em longo prazo, a meta é chegar à remissão da doença (fim dos sintomas). Isso evita complicações e sequelas — disse a reumatologista Clara Malagon, diretora de pós-graduação em reumatologia pediátrica na Universidad El Bosque, em Bogotá, e membro do Comitê de Reumatologia Pediátrica da Panlar.
Ignorar os cuidados pode levar a desnutrição, atraso na puberdade, alterações no crescimento e calcificação de ossos.
— A doença pode causar tristeza ou desânimo no paciente. Mas a união da família e o suporte de médicos, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são fundamentais para controlá-la — ressaltou Clovis da Silva.
Fonte: Extra Globo
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