Região – Nós últimos meses, os consumidores têm sentido uma defasagem nas prateleiras das farmácias. Medicamentos comuns como analgésicos ou antibióticos não são encontrados para compra.
Alguns fatores contribuem para essa falta. Dificuldade nas importações, relacionadas com o conflito entre Rússia e Ucrânia no leste europeu, que afeta os transportes em escala global. A falta de matéria prima, substâncias que são produzidas por países como China e Índia. Também, uma readaptação da indústria farmacêutica, que precisou direcionar as atenções para conter a pandemia.
Por ser em larga escala, essa escassez atinge a esfera pública e privada. As redes de farmácias compram os medicamentos diretamente da indústria. Os contratos públicos também são realizados com grandes corporações que podem suprir a demanda em grande quantidade.
A rede de farmácias São João, se pronunciou através de assessoria sobre a falta de medicamentos. “Atualmente, há falta de algumas apresentações devido ao abastecimento de matéria prima para a indústria farmacêutica. Com o intuito de minimizar este impacto, a rede busca diariamente encontrar alternativas junto as indústrias para garantir o abastecimento diário das mais de 900 lojas em operação”.
A falta dos chamados insumos, substâncias base para fabricação de medicamentos, já era cogitada no começo da pandemia. Por isso, a maioria dos órgãos públicos adiantaram as compras, para evitar que faltasse em estoque algum remédio, principalmente porque nas farmácias municipais a grande demanda é de medicação controlada. “No ano passado, já havia falta de alguns itens na distribuidora, então nos organizamos para não faltar”, comentou a secretária de Saúde de Parobé, Ana Elisa Lima.
Municípios informam dificuldade nas compras
A distribuição para as farmácias é feita, em alguns casos, pelo Ministério da Saúde. Em outros, é realizada a compra direta com os fornecedores. No entanto, as duas situações encontram dificuldade, pois o problema está na produção dos medicamentos ou na importação.
Os municípios da região registram diminuição de medicamentos específicos nas farmácias municipais, e as secretarias de saúde trabalham para conseguir estes itens, já que não estão disponíveis para a compra ou encomenda.
*Em Sapiranga, a Secretaria Municipal de Saúde informa que há dificuldades na manutenção de oferta de alguns medicamentos devido à falta de matéria-prima, sendo que alguns foram regularizados. Loratadina Xarope, Dexclorfeniramina Xarope e o Iodeto de Potássio estão atualmente em falta. Está sendo mantido contato com os fornecedores para ajustar a disponibilidade destes junto a Farmácia Municipal.
*Em Campo Bom, os medicamentos Amoxilina + Clavulanato estão sendo monitorados, mas por enquanto sem previsão de disponibilidade, por problema de produção nacional. Já a azitromicina, tem previsão de normalização para segunda quinzena de junho e a solução nasal, também em falta, previsão de normalização para próxima semana.
*A Secretaria de Saúde de Parobé relata compra pendente de antialérgicos infantil, dipirona gotas e CP, paracetamol gotas, ATB- suspensão oral como azitromicina, amoxacilina e bactrin.
Fonte: Jornal repercussão.
Sobre o Movimento Medicamento no Tempo Certo
O Movimento Medicamento no Tempo Certo (MTC) reúne relatos de pacientes de todo o Brasil, sobre a falta de medicamentos. Por meio deste relato, são realizadas ações de cobranças aos órgãos públicas solicitando a regularização do fornecimento de medicamentos. Somente em 2022, o Movimento Medicamento no Tempo Certo prestou suporte a mais de 12 mil pacientes que estavam sem medicamentos.
Se você não esta recebendo seu medicamento do SUS ou do plano de saúde, solicitamos que preencha o formulário de registro de falta de medicamentos de 2022, somente com seu relato e os dados reportados, podemos pressionar os órgãos governamentais para a regularização do fornecimento.
Se você preencheu nosso formulário e voltou a ficar sem medicamentos, solicitamos que preencha novamente.
✔ Clique no link: https://pt.surveymonkey.com/r/faltademedicamentos2022 e ajude a tornar público a falta de medicamentos essenciais para o tratamento de doenças crônicas, no SUS e no Plano de Saúde.
MTC é um projeto coordenado pelo Grupo de Apoio ao Paciente Reumático Brasil, Biored Brasil e Grupo Encontrar.