Aos vinte e poucos anos eu já sentia dores articulares pelo corpo todo, mas sempre achei que era normal, achava que todo mundo sentia essas dores. Quando ficava insuportável, eu ia ao ortopedista pra tratar a dor localmente. Até q um dia, em 12/2015, o médico me questionou todos os locais onde eu estava com dor naquele momento [eu o havia procurado por dor em um dos ombros].
Fiquei constrangida até:
– “Vixe, doutor, a dor alucinante é no ombro! Deixa as outras…”
– “Sim, mas quero saber onde mais está doendo”.
– Lá vai: os dois ombros, cotovelos, cervical, lombar, quadril, punhos, joelho… enfim, combo completo.
Ele suspeitou de fibromialgia [eu nunca nem havia ouvido falar disso] e me encaminhou a um reumato. Consegui consulta no dia seguinte e lá a suspeita se confirmou: eu era portadora de fibromialgia. Naquele mesmo dia iniciei o tratamento medicamentoso. Houve melhora ao longo do tempo mas, o que sempre ouvi do médico foi que o que muito me ajudou [e ajuda!] é a atividade física.
Sempre fui ativa fisicamente e, à época, havia iniciado uma atividade nova pra mim: muay thai. Amei logo de cara. Apesar das dores [sim, elas não sumiram como mágica] nunca deixei de praticar os exercícios.
Ao longo dos anos, sempre em acompanhamento com reumatologista, houve necessidade de ajuste e/ou troca de medicação. Sempre segui as recomendações médicas, submetendo-me ao tratamento tal qual me fora indicado [isso faz diferença no resultado!].
Em 01/2022, em uma dessas consultas, houve suspeita de artrose/artrite pois as dores que eu estava sentido nas mãos [especialmente as dores de dedos e punhos] já deveriam ter cessado… após os exames, foi confirmado: artrite reumatoide.
Até questionei:
– “Então nunca foi fibromialgia? Sempre foi artrite reumatoide?”.
A resposta foi incisiva:
– “Não, Silvana, você tem as duas coisas.” Ops.
Por causa da fibromialgia, a artrite reumatoide ficou meio que camuflada e evoluiu bastante… e, por causa dessa outra doença, a medicação da fibromialgia [cloridrato de duloxetina], aliada a exercícios e fisioterapia, não surtia o efeito desejado, não fazia nem ‘cosquinha’. Assim, continuei com o cloridrato de duloxetina e comecei com 15mg/semana de metotrexato e a dose foi sendo ajustada até o que é hoje: nada de cloridrato de duloxetina e 25mg/semana de metotrexato.
Hoje, posso dizer, as dores estão sob controle. Entretanto, nosso posso relaxar nos exercícios e no dever de casa de fisioterapia. O de hoje, inclusive, já ‘tá pago’💪🏽.
A dor não pode limitar sua vida. Ela vai sempre existir em maior ou menor intensidade e às vezes vai até praticamente sumir. Então é preciso aprender a conviver com ela. Entretanto, jamais [jamais mesmo] deixe a dor ganhar de você. Lute!! Desafie-se!! Faça atividade física! Sempre. Nunca relaxe nisso. Nunca. Priorize isso na sua vida.
Fisioterapia é outra atividade que será necessária na sua rotina diária. A princípio, sim, é ir na clínica, fazer o tratamento para as crises mas, algo extremamente importante, será a sua disciplina em fazer os deveres de casa que o fisioterapeuta irá passar. Serão exercícios diários, de domingo a domingo. Alguns deles – acredite – serão pra vida toda: sim, é ‘remédio’ de uso contínuo, por tempo indeterminado.
“Disciplina nos exercícios e fisioterapia para aplacar as dores são o que resumem minha jornada como paciente.”
Meu nome é Silvana, tenho 43 anos, convivo com o diagnóstico de Fibromialgia há 7 anos e Artrite Reumatoide há 1 ano e meio, sou Servidora Pública, e moro em Brasília no DF.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!⠀⠀
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