Cerca de 7% da população mundial sofre de enxaqueca, segundo um estudo publicado na revista científica The Journal of Headache and Pain. Os pesquisadores conduziram uma análise de 357 artigos publicados sobre o tema, entre 1961 e o final de 2020, e perceberam que a condição se tornou muito mais comum desde 2007.
A revisão de artigos permitiu aos cientistas a conclusão de que mais da metade da população mundial (52%) teve algum tipo de dor de cabeça durante o ano passado. A revisão também destacou que a prevalência de cefaleia (a dor em qualquer parte da cabeça, incluindo o couro cabeludo, pescoço superior, face e o interior da cabeça) afeta 17% das mulheres que sofrem de enxaqueca, em comparação com 8,6% dos homens.
A equipe chegou a afirmar que, apesar de muitas dores no corpo aumentarem conforme um indivíduo se torna idoso, a dor de cabeça é mais presente durante os anos mais ativos. O artigo menciona, ainda, que os distúrbios de dor de cabeça podem estar relacionados a vários fatores, desde a genética até problemas como estresse e uso excessivo de medicamentos.
As dores de cabeça tensionais são o tipo mais comum entre adultos e adolescentes, e geralmente não apresentam outros sintomas, aparecendo e desaparecendo com o tempo. Para esse tipo, existem até mesmo algumas dicas para aliviar sem o auxílio de remédios.
Enquanto isso, a enxaqueca costuma ser descrita como uma dor latejante, e pode durar de quatro horas a três dias, de uma a quatro vezes por mês. Junto com a dor, as pessoas apresentam outros sintomas, como sensibilidade à luz, ruídos ou cheiros, náusea, vômito e até perda de apetite.
A mais preocupante, conforme aponta o artigo, é a dor de cabeça crônica, que dura aproximadamente 15 dias por mês, surgindo com frequência ao longo de três meses.