A palavra fibromialgia vem do latim: Fibro — tecido fibroso, Mi — músculo, Algia — condição de dor, e se caracteriza por dor crônica generalizada. O termo “crônica” se deve ao fato desses sintomas serem persistentes, ou seja, eles permanecem por longos períodos. É uma sensação de “dor generalizada” ou “difusa” devido ao fato de não haver lesão ou dor pontual — todas as estruturas do corpo podem ser afetadas. Por fim, dizemos “síndrome” o conjunto de sinais e sintomas sem causa específica.
Junto com a dor, surgem sintomas como fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu) e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.
Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia atinge cerca de 3% dos brasileiros, quase sete milhões de pessoas, sendo a maioria no sexo feminino (75 a 95%) das quais 40,8% encontravam-se na faixa etária de 35 a 44 anos de idade, mas também pode ocorrer em crianças, adolescentes e idosos.
Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico e feito através da exclusão de outras possíveis doenças que podem causar essas dores, como as autoimunes, as inflamatórias e o hipotireoidismo, a exclusão destas doenças é feita após uma série de exames. Isso acontece porque ainda não existe um exame específico que detecta a síndrome e muitas outras doenças possuem manifestação de sintomas semelhantes. Como os tratamentos são completamente diferentes, é importante ter certeza de não negligenciar outras possíveis condições.
Os sintomas mais importantes para diagnóstico da fibromialgia são dores generalizadas por pelo menos três meses (o que caracteriza dores crônicas), e a associação com outros sintomas, especialmente ansiedade, depressão, distúrbios do sono e fadiga.
Tratamento
O tratamento pode ser dividido em duas vertentes: (1) o tratamento medicamentoso e (2) a terapia não farmacológica. O tratamento medicamentoso geralmente envolve medicamentos alopáticos, que são os remédios tradicionais, geralmente produzidos pelas grandes empresas e receitados pelos médicos (reumatologista, neurologista, fisiatra ou psiquiatra), agindo apenas nos sintomas da fibromialgia e dificilmente em sua causa, tendo em vista que ela ainda não é conhecida.
Já a terapia não farmacológica envolve um conjunto mais completo de ações que visam também mudanças de comportamento, abrangendo: exercício físico orientado por um especialista, liberação miofascial, alongamento, pilates, yoga, hidroginástica.
Tratamentos alternativos como acupuntura, mudança alimentar orientada por nutricionista com retirada de glúten e do açúcar, controle da cafeína, do álcool e do cigarro são exemplos de mudanças extremamente importantes. Bem como o aumento da exposição solar para produção de vitamina D, cuidados com o sono e terapia psicológica (mudança de mentalidade).
O principal tratamento não medicamentoso de grande impacto na melhora da dor, do humor e da qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia é a prática regular de atividade física, os benefícios específicos são: modulação da dor, aumento da serotonina, GH e IGF-1 e regulação do SNC.
Fonte: Assessoria de Imprensa