Em 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da doença que afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais, alcançando 30% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
É um alerta sobre a necessidade da adesão ao tratamento, um dos fatores de maior peso entre os motivos para a falta de controle da hipertensão arterial. “A hipertensão pode estar relacionada a 80% dos casos de AVC e 60% dos casos de infarto. Diante o atual panorama da pandemia e com as notícias falsas constantemente disseminadas, é extremamente importante abordar o tema, já que sabemos que os hipertensos têm mais possibilidades de complicações pela Covid-19.”, afirma a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler.
Além disso, existe uma nova diretriz da SBC, editada em novembro de 2020, quando houve mudanças nos valores de referência para a detecção da doença: nas medições feitas pelo paciente em sua residência, passou-se a considerar hipertensão arterial quando a pressão está igual ou maior que 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg. Antes a classificação como hipertenso dava-se quando as medidas ficavam igual ou maior que 135 mmHg x 85 mmHg pela MRPA. Para as medições em consultório, os valores de referência para hipertensão continuam sendo de 140 mmHg x 90 mmHg.
Hipertensão é doença apenas de obesos e sedentários
Mito! Embora seja de origem multifatorial, a hipertensão pode ocorrer em pessoas sem sobrepeso e que praticam atividade física.
Hipertensão é doença hereditária
Verdade! Existe também o componente genético, cerca de 30% dos indivíduos com pais hipertensos também serão.
Não é possível prevenir a hipertensão arterial
Mito! Como é uma doença multifatorial deve ser adotada uma dieta saudável rica em legumes, frutas e pobre em sal. Além de controlar o peso e o nível de glicemia. Sempre é recomendável atividade física e visita anual ao médico para aferir a pressão arterial. Caso um dos pais seja hipertenso, a aferição da pressão arterial deve se iniciar desde os 20 anos. Vale reforçar que pessoas que praticam atividade física frequentemente estão livres das doenças cardíacas.
Crianças não têm pressão alta
Mito! Dados epidemiológicos mostram valores próximo a zero na população abaixo de 18 anos. A hipertensão pode ser observada na infância em condições associadas a outras patologias como problemas renais ou a uma cardiopatia congênita, denominada Coartação da Aorta. Portanto, é raro, mas crianças podem ter hipertensão arterial.
A alimentação equilibrada realmente é um dos pilares para evitar doenças cardíacas
Verdade! Em conjunto, a atividade física e alimentação saudável proporcionam a redução do excesso de gordura e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. O estilo de vida equilibrado promove a melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Retirar o sal das refeições reduz os riscos de aumento da pressão arterial
Mito! O consumo de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial, porém não é o único motivador da pressão alta. É preciso ressaltar a importância do uso contido de sal, porém também da prática de atividades físicas regulares e de uma alimentação equilibrada.
Homens tem mais propensão a doenças cardiovasculares
Verdade! Atualmente a propensão entre homens e mulheres é semelhante e depende dos fatores de risco cardiovascular, como diabetes, obesidade e tabagismo e hipertensão arterial.
Dor no peito é o único sinal de infarto?
Mito! É o principal, mas não o único. Outros sintomas podem ser equivalentes, como dor semelhante à azia, falta de ar, dor na mandíbula ou nas costas, além de sudorese e náuseas.
A menopausa ou menopausa precoce pode levar as mulheres a um maior risco de problemas cardíacos
Verdade! A menopausa precoce, seja natural ou cirúrgica, é considerada fator de risco emergente, ou seja, que se soma aos outros riscos cardiovasculares. A menopausa ocorrida em torno da 5ª década não se associa significativamente ao fator de risco adicional, porém a maioria das mulheres ganham peso e tornam-se sedentárias nesse período, o que leva a desenvolver algumas doenças cardíacas.
Coração partido existe?
Verdade! Além do elemento figurado, existe a doença do coração partido. Também conhecida como doença de Takotsubo, se caracteriza por alteração da contratilidade cardíaca. É causada por stress físico ou mental e com apresentação muito semelhante à do infarto.
Fonte: Assessoria de imprensa.